#Crítica: Jornalismo minuto a minuto não é jornalismo
janeiro 16, 2009Newsroom da Record News, da Rede Record. Crédito: Divulgação. |
A alma do jornalismo é a notícia! E para se chegar a ela é preciso passar por algumas premissas básicas como a produção, apuração e edição. Atividades estas que funcionam de forma muito organizada e rápida para não se perder nenhum detalhe.
Há alguns anos está no mercado brasileiro o sistema all news (só notícia) para veículos de mídia eletrônica, principalmente rádio e TV, no qual faço questão de englobar também a web (blog, redes sociais e portais de notícias). Existem alguns modelos nacionais que ganharam bastante visibilidade e, nos seus respectivos espaços, fazem um jornalismo coerente e diferenciado.
Antes de mais nada, vamos começar pelo rádio. No Brasil, tanto a @CBN, do Sistema Globo de Rádio, quanto a @BandNewsFM, do Grupo Bandeirantes, são emissoras que priorizarem as notícias 24 horas na sua programação. Ambas emissoras são transmitidas via FM, ou seja: basta ter um rádio comum para ouvir.
Na TV Paga, temos a @GloboNews e a @BandNews, que são emissoras que transmitem nacionalmente seu conteúdo. A única que opera gratuitamente, via TV UHF, é a @RecordNews que completou em novembro/2008 um ano de vida.
Na internet temos vários portais como a @FolhadeSPaulo, o @G1 e @OTempo, entre outros, que cobrem a notícia minuto a minuto, fracionada ao internauta, e que muitas vezes, peca pela apuração precisa e ausência de elementos visuais, como por exemplo a fotografia.
E porque o sistema all news no Brasil privilegia tanto a factual fracionado? Não seria melhor apurar melhor o fato, antes de dar somente uma linha a cada minuto e assim fazer uma matéria mais rica de detalhe a cada meia hora, ou melhor ainda: apurar cada fato corretamente e depois soltar a matéria.
Não precisa ser uma reportagem grandiosa, mas que seja completa e informativa. E, desse modo, no decorrer do dia, abusassem mais de matérias com fotos, gráficos, podcast, vídeos e uma chamada gigantesca.
Já na TV, que tem uma premissa por imagem, deveria se investir em telejornais que cobrissem o factual e no restante da programação all news abusassem de outros formatos e produzissem outras pautas.
No rádio, é ainda mais gritante: quase não há espaço para o não-factual. Dificilmente ouvimos uma entrevista mais descontraída sobre assuntos variados e sem limite de tempo ou programas que investem em reportagem especial investigativa ou no estilo revista eletrônica.
O jornalismo morre quando não investe em outros formatos. Aliena o público e a criatividade do profissional, seja ele repórter, produtor ou editor. O vício da cobertura factual onipresente contamina o jornalismo que esquece que a sociedade possui milhares de outras pautas que podem ser abertas, exploradas e trabalhadas.
De quem é o erro? Dos jornalistas? Do público? De todos. O jornalismo ainda não aprendeu que existe um monte de pauta interessante, não factual ou até mesmo factual, que merece desdobramento, pesquisa e uma apuração mais detalhada.
Na TV All news são poucos os programas, como o Globo Repórter ou o Profissão Repórter, que são programas exibidos também na TV Globo (aberta) que fazem muito bem a cobertura do não-factual. Ou até mesmo o Fantástico ou o Domingo Espetacular que investem no formato de revista eletrônica.
Jornalismo minuto a minuto não é jornalismo, é outra coisa, completamente diferente. Será mesmo que informa a ponto de formar uma opinião? Tenho as minhas dúvidas. O fato acabou de acontecer e noticiá-lo, correndo o risco de se passar informações erradas ao público só pelo prazer do furo, é um desserviço. Falta mais pesquisa, mais criatividade no jornalismo all news, pois são vários assuntos que merecem ser tratados, porém o factual inibe a criatividade por causa do tempo.
Os jornalistas que cobrem o factual sempre reclamam do tempo. Correm contra o tempo - acham que são deuses. De certo, criou-se o mito de que só o novo é notícia. Claro, até concordo, em parte. Mas, o que é notícia? Transformar qualquer assunto em curiosidade não pode ser notícia também? Só um modo de informar é o certo?
Todos querem saber o que há de novo no mundo. Mas, o jornalismo pode ir além do factual também. Talvez esteja aí a maior mudança do jornalismo que ainda está para nascer. E a mídia eletrônica, principalmente a TV e o Rádio que transmitem notícias 24 horas, ainda não acordaram para o jornalismo opinativo, cidadão, pesquisador, instigador e prestador de serviço. Falta um olhar mais local, regional e criativo.
Já no rádio isso quase não existe. Falta programas especiais, grandes reportagens, entrevistas bem produzidas com especialistas ou personalidades, documentários (de áudio), de no mínimo 10 minutos sobre um tema, que pode ser dividido em várias partes.
O jornalismo precisa desacelerar um pouco e deixar o factual para os noticiários maiores da grade - e permitir que o resto da programação respire aliviada e abuse da criatividade para fazer um jornalismo de pesquisa, de apuração e de profundidade. Não é só de desgraças, tragédias e estatísticas curiosas que se faz um bom noticiário.
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Há alguns anos está no mercado brasileiro o sistema all news (só notícia) para veículos de mídia eletrônica, principalmente rádio e TV, no qual faço questão de englobar também a web (blog, redes sociais e portais de notícias). Existem alguns modelos nacionais que ganharam bastante visibilidade e, nos seus respectivos espaços, fazem um jornalismo coerente e diferenciado.
Antes de mais nada, vamos começar pelo rádio. No Brasil, tanto a @CBN, do Sistema Globo de Rádio, quanto a @BandNewsFM, do Grupo Bandeirantes, são emissoras que priorizarem as notícias 24 horas na sua programação. Ambas emissoras são transmitidas via FM, ou seja: basta ter um rádio comum para ouvir.
Na TV Paga, temos a @GloboNews e a @BandNews, que são emissoras que transmitem nacionalmente seu conteúdo. A única que opera gratuitamente, via TV UHF, é a @RecordNews que completou em novembro/2008 um ano de vida.
Na internet temos vários portais como a @FolhadeSPaulo, o @G1 e @OTempo, entre outros, que cobrem a notícia minuto a minuto, fracionada ao internauta, e que muitas vezes, peca pela apuração precisa e ausência de elementos visuais, como por exemplo a fotografia.
E porque o sistema all news no Brasil privilegia tanto a factual fracionado? Não seria melhor apurar melhor o fato, antes de dar somente uma linha a cada minuto e assim fazer uma matéria mais rica de detalhe a cada meia hora, ou melhor ainda: apurar cada fato corretamente e depois soltar a matéria.
Não precisa ser uma reportagem grandiosa, mas que seja completa e informativa. E, desse modo, no decorrer do dia, abusassem mais de matérias com fotos, gráficos, podcast, vídeos e uma chamada gigantesca.
Crédito: iStock / Reprodução. |
Já na TV, que tem uma premissa por imagem, deveria se investir em telejornais que cobrissem o factual e no restante da programação all news abusassem de outros formatos e produzissem outras pautas.
No rádio, é ainda mais gritante: quase não há espaço para o não-factual. Dificilmente ouvimos uma entrevista mais descontraída sobre assuntos variados e sem limite de tempo ou programas que investem em reportagem especial investigativa ou no estilo revista eletrônica.
O jornalismo morre quando não investe em outros formatos. Aliena o público e a criatividade do profissional, seja ele repórter, produtor ou editor. O vício da cobertura factual onipresente contamina o jornalismo que esquece que a sociedade possui milhares de outras pautas que podem ser abertas, exploradas e trabalhadas.
De quem é o erro? Dos jornalistas? Do público? De todos. O jornalismo ainda não aprendeu que existe um monte de pauta interessante, não factual ou até mesmo factual, que merece desdobramento, pesquisa e uma apuração mais detalhada.
Na TV All news são poucos os programas, como o Globo Repórter ou o Profissão Repórter, que são programas exibidos também na TV Globo (aberta) que fazem muito bem a cobertura do não-factual. Ou até mesmo o Fantástico ou o Domingo Espetacular que investem no formato de revista eletrônica.
Jornalismo minuto a minuto não é jornalismo, é outra coisa, completamente diferente. Será mesmo que informa a ponto de formar uma opinião? Tenho as minhas dúvidas. O fato acabou de acontecer e noticiá-lo, correndo o risco de se passar informações erradas ao público só pelo prazer do furo, é um desserviço. Falta mais pesquisa, mais criatividade no jornalismo all news, pois são vários assuntos que merecem ser tratados, porém o factual inibe a criatividade por causa do tempo.
Os jornalistas que cobrem o factual sempre reclamam do tempo. Correm contra o tempo - acham que são deuses. De certo, criou-se o mito de que só o novo é notícia. Claro, até concordo, em parte. Mas, o que é notícia? Transformar qualquer assunto em curiosidade não pode ser notícia também? Só um modo de informar é o certo?
Todos querem saber o que há de novo no mundo. Mas, o jornalismo pode ir além do factual também. Talvez esteja aí a maior mudança do jornalismo que ainda está para nascer. E a mídia eletrônica, principalmente a TV e o Rádio que transmitem notícias 24 horas, ainda não acordaram para o jornalismo opinativo, cidadão, pesquisador, instigador e prestador de serviço. Falta um olhar mais local, regional e criativo.
Já no rádio isso quase não existe. Falta programas especiais, grandes reportagens, entrevistas bem produzidas com especialistas ou personalidades, documentários (de áudio), de no mínimo 10 minutos sobre um tema, que pode ser dividido em várias partes.
O jornalismo precisa desacelerar um pouco e deixar o factual para os noticiários maiores da grade - e permitir que o resto da programação respire aliviada e abuse da criatividade para fazer um jornalismo de pesquisa, de apuração e de profundidade. Não é só de desgraças, tragédias e estatísticas curiosas que se faz um bom noticiário.
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Jornalista
33 comentários
"Jornalismo minuto a minuto não é jornalismo!"
ResponderExcluir(Wander Veroni)
Concordo plenamente com o que vc escreveu, querido amigo! Essa fome por ser o primeiro a publicar a notícia tem deixado o telespectador a mercê de notícias vazias e incompletas. Lembro de uma reportagem que o Datena cobriu ao vivo, achando ser um assalto quando na verdade era um motorista de ônibus que apenas passou mal durante o serviço. (fato ocorrido em novembro)
A falta de apauração dos fatos leva os joranlistas a ficarem de "cara" e infelizmente isso não é engraçado. É triste! O que se aprende na faculdade e no dia a dia como reporter, jornalista investigativo é completamente difente!!
Temos que ter a notícia certa para passar para os telespectadores!!
Como sempre, post maravilhoso!!
Beijo grande!
A gente trabalha em um mercado em que vale tudo: plágio, falta de checagem, publicidade disfarçada de jornalismo. Se a gente considerar jornalismo como uma prestação de serviço, e que por isso precisa ser norteado por alguns critérios de produção e noticiabilidade, concordo com você. Mas, diante do que vejo, concluo que nos próximos anos esse jornalismo “twitter” ganhará cada vez mais espaço. É uma demanda de mercado, desafoga os jornais de conteúdo e dá espaço para o que “realmente importa”, a publicidade.
ResponderExcluirO fato é que aquele jornalismo que nos encorajou a escolher a área está em extinção, pelo menos na sua vertente comercial. Ganhar dinheiro com jornalismo e manter a dignidade será uma tarefa cada vez mais difícil nos próximos anos.
Um abraço.
Wander,
ResponderExcluirTodos esses veículos que você citou (sem exceção) privilegiam as notícias "descartáveis", ou seja, aquelas que não necessitam de apuração mais aprimorada. Quando a notícia precisa de checagem aprofundada, eles a veiculam de qualquer forma, sem nenhum pudor.
Jamais esquecerei quando a Record - há aproximadamente dois anos - noticiou que um prédio residencial estava tendo um princípio de incêncio após um avião se chocar no local. No entanto, só depois foi visto que o prédio era residencial e a causa do princípio de incêncio foi uma explosão de gás.
A imprensa deve ter muito cuidado ao colocar uma notícia no ar.
Olá Wander,
ResponderExcluirTenho algumas observações:
1-É feito assim por causa da demanda. O leitor/telespectador/ouvinte, quer saber "da última".
2-É feito assim porque é barato. Quanto custa fazer uma apuração, entrevistas, etc? O tempo, o trabalho, quem paga as contas do jornalista?
3-Na internet é assim porque gera pageviews. Como o conteúdo é grátis e remunerado com propaganda, ele ganha na quantidade, não na qualidade.
Estamos num período de transição e teremos muitas novidades. No diHITT, por exemplo, tenho alguns projetos futuros para por mais qualidade no "jornalismo".
Mesmo assim, acho que o jornalismo "twitter" ainda continua válido para acontecimentos de última hora.
Grande abraço e parabéns pelo excelente blog.
Pablo
Oi, Pablo!
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, cara. Mas, tenho que fazer algumas correções e dar o meu pitaco sobre o que vc disse:
1. O jornalismo fracionada e factual passa a idéia falsa de onipresença e engana o público, pois 80% delas tem erros de apuração grosseiros. Notícia em tempo real não funciona ainda tão bem na internet - isso é só do rádio. O que me instiga até criar um post sobre o assunto, quem sabe!
2. É feito assim por preguiça e ausência de criatividade. Acreditou-se que o modelo americano de se fazer jornalismo é o certo - e os jornais brasileiros copiaram. Quando falo preguiça pq não se precisa ter mais equipe, uma super mega estrutura para se produzir, apurar e editar com qualidade. Falta é boa vontade e bom censo. Boa vontade dos jornalistas de ousarem novos formatos e, principalmente, das redações que acreditam que esse modelo do factual fracionado (twitter) é o melhor.
3. Por ser pesquisador em comunicação, tenho forte receio de que a informação assim na internet não é a melhor. Por uma questão de rentabilização pode até funcionar, mas como modelo informativo, ainda tenho sérias restrições.
Pablo, sou palpiteiro mesmo. Não se trata de uma má resposta. Mas só de duas visões antagônicas, por sinal, sobre comunicação. Espero que o diHiTT cresça muito, que aperfeiçoe ainda mais o espaço para podermos compartilhar ainda mais notícias de qualidade. Estou aguardando novidades atento!
Abraço
Acabo de chegar por aqui fuçando... Você conseguiu duas coisas maravilhosas: um espaço generoso e realmente aberto à discussão. Parabéns!
ResponderExcluirbeijo,
Guilhermina
Com certeza existem muitas falhas neste tipo de jornalismo "real-time". Eu não gosto de fazer esse tipo de trabalho, porque muitas vezes você não consegue apurar a informação completa. Ai você publica uma ou duas linhas de notícia, sem ter checado tudo. Na minha opinião, isso perde um pouco da credibilidade.
ResponderExcluirPrefiro ler uma longa reportagem, com detalhes e muita apuração ao longo do texto, do que ficar lendo linhas de reportagem pela TV.
Seu título já disse tudo, Wander.
ResponderExcluirE o artigo está brilhante. Infelizmente temos de garimpar muito em rádio, tv ou internet atrás de informações de qualidade e relevantes. E esse é o problema. A maioria não garimpa e "forma opinião" se é que isso é possível pelos portais, e esses por sua vez praticam o jornalismo minuto a minuto. Por essas e outras que toda semana impreterivelmente publicarei "notícias" como: fulano passeia no shopping. Não é mole não.
Abração
oi Wander venho ate aqui para te avisar que deixei um meme pra ti la no noticias irrelevantes, nem sei se vc responde a memes mas ta la, se der dê uma olhadinha pelo menos ^^
ResponderExcluirBjus
Realmente, bons posts rendem bons comentários.
ResponderExcluirJa aprendi a não confiar muito nos telejornais, principalmente os que apresentam noticias minuto a minuto. Esses telejornais costumam cortar a noticia pela metade.
Referente ao nosso curta foi feito sim, com muito carinho, como disse. As duas meninas no filme são : Minha Filha e Sobrinha
ResponderExcluirGostei de tudo no seu blog, o layout, o café (sou viciada) e notícias... E o tag de buscas bem em cima do blog.
Beijinhos Rozangela Melo
Wander,
ResponderExcluirDeparamo-nos diante de uma situação perturbadora: o jornalismo perde seu foco e deturpa sua principal missão - informar com qualidade, de forma a prestar serviços a uma sociedade que necessita desse saber para agir.
O all news é importante, mas não fundamental. Do all news chegamos às conclusões e tiramos a base para o verdadeiro jornalismo, pautado, coberto, elaborado e preocupado com a qualidade e não quantidade de informação.
Na abertura do artigo, alguns veículos de grande notoriedade foram citados, e dentre eles, destaco a CBN, tida com top all news do país. Diferentemente do que muitos pensam, a CBN abre espaço para algumas coberturas mais leves e com maestria.
O Fim de Expediente, com o versátil Dan Stulbach, Caminhos Alternativos, com a Fabíola Cidral e a Petria Chaves, Fato em Foco, programa que prioriza a atualidade tratada em detalhes, entre outros, que dão vez a entrevistas magníficas. Há também espaço para comentários nas diversas áreas, crônicas e até mesmo, paródias, ao final do Fim de Expediente.
Enfim, há no all news boas alternativas, que podem ser ainda melhores, se estas emissoras ou sites seguirem tuas palavras.
Abraços e saiba que o futuro do jornalismo está em nossas mãos: nós poderemos mudar o rumo dessa história e minimizar o jornalismo twitter, resgatando suas origens.
___________________________________
Sem Fronteiras
http://semfronteirasnaweb.blogspot.com
Boa tarde, Wander!
ResponderExcluirVocê fez um alerta muito interessante através do artigo. O jornalismo não pode, de maneira nenhuma, caminhar rumo a um patamar banal. Obviamente, sempre precisamos manter a preocupação com o caráter informativo do trabalho, que deve ser efetuado da forma mais rápida possível. Isso não quer dizer, porém, que a velocidade é mais importante do que a exatidão. Afinal, é somente através da correta apuração dos fatos que conseguiremos chegar perto do mito chamado "verdade absoluta".
Outro ponto interessante do artigo é o "puxão de orelha" nas emissoras que se esquecem do caráter mais elaborado do jornalismo. Documentários e longas reportagens conferem qualidade ao veículo e também são do interesse do público!
Abraços!
http://repercutiu.blogspot.com
http://pordentrodomundodabola.blogspot.com
Oii
ResponderExcluirPasse no meu blog q tem selo pra vc!
http://jkdesaltoalto.blogspot.com/
Bjus
Olá!
ResponderExcluirConcordo com vc que esse modo de minuto a minuto é um pouco exagerado demais. Também é complicado chamar de "jornalismo". Seria mais um meio efêmero de passar alguma informação...sem checagem.
Isso realmente pode provocar uma distorção do fato em si. Um grave problema para o nosso jornalismo.
De fato, tbm concordo com o exagero de "pautas prontas". Muitas vezes, tratam a notícia como mais uma qualquer...ou apenas um objeto. Acredito muito no jornalismo literário, tanto, que início minha pós agora nesse campo - ele aproxima mais o jornalista do entrevistado, na informação...humaniza o fato.
ABS.
Como eu tenho um bom nivel intelectual, modestamente, eu gosto desse tipo de noticiario, (all news) logo, porque eu sei discenir bem o que irrelavante e improvavel nesses factoides fracionados que vc citou. Gostei desse post.
ResponderExcluirCaro Wander,
ResponderExcluirachei muitíssimo interessante esta reflexão e seu ponto de vista sobre o minuto-a-minuto.
No entanto, apesar de concordar com quase tudo que você escreveu, não tenho bem certeza se o minuto-a-minuto não é jornalismo.
Acredito que seja, mas, aí sim, uma outra forma de jornalismo, e não uma outra coisa, como você afirmou.
No mais, a reflexão é válida e merece aplausos.
Abraços, saúde e sucesso!
Alexandre
http://compensar.blogspot.com/
É, compadre, jornalismo jornalismo na melhor acepção da palavra, não é não. Mas é a fúria dos tempos, da informação em tempo real, como fazer para cobri-la? Temos que propor soluções tb, formatos, pq a exigência está aí, né? Não tem marcha atrás mais.
ResponderExcluirTemos algo que nos dará a oportunidade de repensar essa situação, o que vc acha de começarmos a considerar a questão pra valer e tentar algo que resolva a questão? É um desafio, né?
Beijocas procê, respondo teu email até de noite, sem falta, tá?
Inté!
Bem, o que as grandes empresas midiáticas estão priorizando? Passar informações exatas ou conseguir o maior número de leitores, para ver as propagandas?
ResponderExcluirEles dão ao público o que o público quer? Isso derruba a qualidade? Derruba, mas é como disse uma das teorias de comunicação que acabei de estudar (acho que a matemática): Para atingir um maior público, o conteúdo da matéria não deve ser tão específico. Se for específico demais, acaba que pouca gente se interessa.
Sei lá, na minha visão das coisas, essa teoria é confirmada pelo tipo de leitura que as pessoas fazem de portais de notícias. Muita gente não lê a materia inteira. E esse tipo de notícia minuto a minuto é a que melhor se encaixa nesse público.
Estou falando isso, mas não estou defendendo. Também acho que seria melhor noticiarem os fatos mais detalhada e confiavelmente (se é que existe essa palavra)
Visita o Meus Pensamentos. Lá estou falando sobre uma das teorias de comunicação que parecem ser esquecidas em alguns ramos do jornalismo.
Pois bem.
ResponderExcluirO minuto é uma coisa importante sem dúvida, porém o que disse está certo, minuto a minuto não se pode fazer notícia.
É necessário que se pense, repense e revise a notícia antes de divulgá-la, e isso é imprescindível hoje em dia.
Na minha opinião um dos melhores posts do blog ... muito bom, muito mesmo.
ResponderExcluirA busca pela audiencia acaba fazendo que as notícias e fatos sejam jogados o mais rápido possível para o leitor.
Me lembro no último acidente no aeroporto de congonhas com o jato da TAM que derrapou na pista e não parou que li e houvi umas 3 versões diferentes do ocorrido.
Jornalismo minuto a minuto é o mesmo que espalhar boatos e corrigi-los com o andar da carrugem...é tudo feito mais pela tal prioridade do furo de rportagem do q pela informação em si...alias antes de vir aqui...tinha recem escrito uma critica a midia brasileira ,,,e essa sua formula de manipular as informações e tal...coincidencia...abraços
ResponderExcluirWander
ResponderExcluirUma coisa que me deixa irritado também são aquelas tarjas na parte inferior da tela da TV que alguns telejornais tem, que ficam passando micro textos de notícias, e que muitas vezes não faz sentido e não são abordados com maior profundidade.
Quem será que inventou aquilo??
Abraços!!
Wander,
ResponderExcluirSe possível, passe no Sem Fronteiras para buscar alguns presentes que deixamos para você! Abraços e um excelente retorno.
Ola Wander
ResponderExcluirvc está mais uma vez certo
a notícia relampago, está fadada a erros intermináveis. Sou contra essa efermeridade jornalistica, sempre correndo atraz minuto a minuto sem prestar muita atenção no conteúdo do que está sendo divulgado.
Houve um tempo onde as notícias eram estudas, descobertas, e investigadas. Ainda se faz bom jornalismo, tenho certeza!
Bjuss e tudo de bom
http://jkdesaltoalto.blogspot.com/
Oi Wander...
ResponderExcluirWell, primeira vez no blog e claro, já gostei de cara.
Adoro jornalisto, e como uma boa publicitária que sou... adoro ler tudo sobre informações!!!
Essa coisa de notícia minuto a minuto me irrita um pouco. Tbm prefiro bons textos, com boa abrangência sobre o assunto, a ler um texto simplérrimo e sem gosto.
Enfim... se por um lado ajuda os tarados por notícias fresquinhas, por outro atrapalha um bom redator com uma boa pauta em mãos!!
Bjinhos
Carolzinha
Não sou espectadora ou leitora assidua de tal jornalismo, mas confesso que muitas vezes recoorro a eles para algo de ultima hora.
ResponderExcluirAbços
Ansioso. Apressado. Mal-informado. É assim que me sinto com esse "suposto jornalismo minuto a minuto, que bombardeia fatos, sem detalhamento, e influencia as pessoas a buscar textos cada vez menores, parece às vezes que as pessoas vão procurar notícias compostas apenas de uma frase, na ordem direta com sujeito+predicado, tipo aquelas frases que a gente aprendia na 2ª série "O urso é grande"...
ResponderExcluirBom texto,
deixo meu blog, para quem interessar...
http://fullatagem.blogspot.com/
Amigo,
ResponderExcluirPara os profissionais do jornalismo esta realmente pode ser uma questão polêmica, pois acredito que alguns podem até não concordar com o formato do jornalismo minuto a minuto, mas talvez precisem atuar desta forma devido ao seu trabalho. E aí? Como fica a situação em casos assim? A coisa só está crescendo!
Eu, sinceramente, não gosto desse tal jornalismo fracionado. Sinto que falta qualidade, em vários aspectos, concordando plenamente com tudo o que você citou no seu texto. Acho irritante você acessar uma determinada página e ver "manchetes" do tipo: "o biquíni da atriz tal é idêntico ao da modelo tal"; "tal celebridade terminou o namoro com aquela outra"; "aquela mesma tal celebridade reatou o namoro horas depois", etc.
Para mim, isso nunca foi e nunca será notícia, jornalismo de verdade. Pena que sempre tem alguém que dá "ibope" para historinhas assim. Fazer o quê, não é mesmo?
Fica minha dúvida, no meio disso tudo: será que o tão sonhado modelo de jornalismo inteligente e criativo um dia vai vingar? Espero que sim!
Abraços...
Sou contra esse tipo de Jornalismo,
ResponderExcluiracho um desrespeito com que está assistindo,lendo,ouvindo tais jornais, pois a pessoa nunca sabe ao todo o que está acontecendo e se precisar sair no momento em que as notícicas estão vindo, nunca saberá ao certo o que houve pois como um filme dividido em partes pequenas ou uma novela, se perder algumas partes, perderá o fio da meada e acabará sem entender o que houve e está havendo.Por isso gosto do Jornal da Globo, final do dia mostra as notícias que são realemnte importantes e contam a história inteira e não pedaços,o Fantástico e o Reporter Record também são bons nisso.
Abraços
Boa tarde Wander!
ResponderExcluirAs notiícias sem apuração que são jogadas no ar como "qualquer coisa" realmente estragam o jornalismo-verdade-qualidade.
Eu creio que cabe ao público que recebe a informação a tarefa de selecionar a informação que chega até ele e bloquear o que não é de qualidade (uns 85% das informações? hihihi...), como uma peneira mesmo, devemos separar o que presta e o que não presta, sabe?
Afinal, esta relação produtor-consumidor só existe, pois há quem forneça e há quem consuma. A partir do momento que as pessoas voltarem a buscar programas de qualidade, quem 'faz a notícia' será obrigado a mudar o padrão de qualidade para reconquistar este público.
Kiso
http://garotapendurada.blogspot.com/
Olá Wander, em outras palavras, você detalhou o que é o jornalismo robótico... Essa prática, s não me falha a memória, começou aqui no Brasil nos meados da década de 70, com os painéis eletrônicos, que por serem limitados à época, trazia ao expectador somente as manchates dos acontecimentos. Isso não era novidade na imprensa norte americana, na década de 60, e continua sendo, por nós, imitada.
ResponderExcluirDo foca ao pauteiro, ao subeditor ao fotolito (quem se lemba)... tempos românticos, mas mito mais humanizados do que os de hoje, a despeito do que isso possa gerar de recursos oriundos de seus patrocinadores.
abraço
Caro Wander, tudo bem?
ResponderExcluir"A alma do jornalismo é a notícia". Esta assertiva é verdadeira, mas o grande compromisso do jornalista é com a verdade!
O jornalismo minuto a minuto perde em qualidade dada a imposibilidde em se cobrir com decência e dedicação uma infinidade de fatos no dias-a-dia.
Ja a História Imediata já foi tentada e creio que pode ser de boa qualidade.
Impossível é fazer um jornalismo comprometido com a verdade quando se depende de patrocinadores, daí a melhor qualidade das notícias postados em blogues com suas posições, ainda que comprometidas ideologicamente, muito mas engajada.
O Pior do jornalismo pequeno é o não dar continuidade, sequencia, nas informações, "esquecendo-se" de matérias super relevantes cuja repercução teve seu momento de grande ndignação e clamor público mas que, por força e interesse da grande mídia vão para o arquiva e cedem lugar a outras matérias, relevantes também.
O bom Jornalismo crítico, opinativo e investigativo, compropmetido com a verdade deixou de existir, com raras exceções que confirmam a regra.
Rasgaram o Código de ètica dos Jornalistas e o Congresso não é cobrado pelos grandes jornalistas para regulamentar o Capítulo DA COMUNICAÇÃO SOCIAL insculpido na Constituição Federal.
Parabéns pela matéria, que estimulou grandes parceiros para o debate.
Saudações fraternas,
O Claro