Desafio: Jornalista aos 45 do Segundo Tempo
fevereiro 18, 2008
Em síntese a vida profissional é essa. Mas não é fácil. Aliás, toda profissão têm as suas dificuldades e facilidades. Por lidar com o tempo, o famoso dead line, expressão que significa "tempo final" para entregar um trabalho pronto, os jornalistas contam muitas vezes com imprevistos.
É uma pauta que caiu de uma hora para outra. Uma fonte que cancelou a entrevista em cima da hora. Um entrevistado que não fala muito bem ou é sem-educação. Jornalista trabalha muito com o imprevisto. Com o "em cima da hora". Quando tudo parece estar perdido, que a equipe resolve jogar a toalha, aparece um com uma idéia simples ou às vezes mirabolante, e salva tudo.
Claro que existem boas produções no jornalismo que foram feitas com mais calma e até um mês de pesquisa, produção e edição. Isso é fato. Mas o bacana mesmo, na minha opinião, é ver uma produção bem feita de um dia para o outro ou faltando os chamados "45 do Segundo Tempo". É um risco e adrenalina pura. O melhor é ver um negócio que tinha tudo para dar errado, dar certo. Dá um alívio danado.

Mudei tudo. Coloquei o programa com um intervalo só e dois blocos. Dividi as matérias, aumentei o números de notas e de entradas de BGs; e coloquei a enquete, recurso de interatividade do programa, para ser o ponto forte do roteiro. Apostei na participação popular e na leitura de e-mails dos ouvintes. Escrevi o roteiro para mais e deixei uma gravação - que era uma crônica esportiva, como sobressalente. se alguma coisa precisasse cair, seria isso. A crônica caiu mesmo. A minha sorte é que não havia colocado ela na escalada. Conseguimos cumprir os 30 minutos de produção e creio que o nosso grupo obteve êxito na apresentação. A questão é não desistir. Ter raça e jogar até o final da partida, afinal jornalista só é jornalista aos 45 do segundo tempo.
Jornalista
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