Big Brother Brasil 8 pretende promover debate à sexualidade

janeiro 09, 2008

Gente jovem, bonita e alguns nítidos pré-candidatos a famosos. Tudo isso pôde ser visto, nesta última terça-feira (08/01), quando a TV Globo estreiou a oitava edição do Big Brother Brasil (BBB), às 22h, logo após a novela Duas Caras, sob a apresentação do jornalista Pedro Bial. A casa mais espiada do Brasil foi totalmente redecorada para abrigar os participantes durante 78 dias de muita sensualidade, intrigas e típicos joguetes de convivência social.

Têm pessoas que afirmam ser contra o voyerismo exacerbado promovido pelo programa ou por glamorizar os chamados 15 minutos de fama. Mas o BBB não é só isso? Acredito que o programa tem vida, ou melhor sobrevida. O ser humano é curioso. Gosta de observar o comportamento alheio. O melhor do programa não é simplesmente observar as pessoas se destruindo pelo prêmio em dinheiro, mas sim ficar atento à árdua e complicada tarefa de conviver com pessoas totalmente diferentes umas das outras.

Sob a mira de 37 câmeras ligadas 24 horas por dia, os 14 "brothers", confinados desde o dia 1º de janeiro em um hotel carioca, irão disputar o prêmio de R$ 1 milhão. Nesta edição, o número de quase-famosos predomina no elenco. O Orkut, um dos maiores sites de relacionamento no Brasil, reúne profiles com informações de tudo o que eles já fizeram antes de entrar no reality show. Um exemplo disso, é a paulistana Jaqueline, de 23 anos, que contracenou recentemente com Wagner Moura, nos capitulos finais da novela Paraíso Tropical.

O BBB8 veio com a nítida pretensão de promover o debate à respeito da sexualidade. Antes mesmo de entrar na casa, a mídia já repercutia a susposta homossexualidade da produtora de moda carioca Bianca, de 28 anos - que por sinal foi a primeira a ganhar a imunidade no jogo. Tudo por que, no ano passado, ela teria promovido um desfile de moda no qual apareceu de mãos dadas com uma mulher. Fato que foi esclarecido pelos familiares da "sister" de que ela é heterossexual. Outro participante que acende o debate sobre a sexualidade é o "sortudo" músico-emo Rafinha, de 23 anos, que entrou aos 45 minutos do segundo tempo com a saída de Gregor, que desistiu de participar do programa alegando saudade da família e ao grave estado de saúde do pai dele que está hospitalizado.

Representante da tribo urbana emo, conhecidos pela longa franja, músicas de sonoridade melancólica, sexualidade dúbia e o característico linguajar com X, o Rafinha já conta com forte apoio dos internautas pertecentes a essa categoria. Ainda no tema sexualidade, o diretor do programa desde a primeira edição, o Boninho, disse em entrevista ao um site na internet, que há na Casa um participante gay, mas precisamente um homem. Segundo Boninho, o BBB resolveu não revelar quem é esse homem para criar um suspense e não sugestionar o público contra ou à favor do "brother".

Alguns blogs especializados na cobertura do reality, como o Big Bosta Brasil, aponta que o psiquiatra Marcelo, de 31 anos, como o possível gay do programa. A suspeita veio de uma conversa dele, nessa madrugada, com Thalita, que se declarou a "BBB Viada" para os que não entenderam, uma mulher que gosta de imitar os trejeitos e expressões homossexuais. Dentro da banheira de hidromassagem, ao ser indagado sobre a possível suspeita de já ter saído com outros homens, Marcelo disse que tudo isso não passa de boato e que a sua vida pessoal só diz repeito a ele e as "pessoas" com quem ele já saiu. O psiquiatra ainda afirmou que ele não veio ao programa para falar sobre isso. Suspeitas à parte a dúvida foi levantada.

Uma novidade na estréia do BBB 8 foi a visita de cinco jornalistas á casa para conversar com os participantes e, ao mesmo tempo, conhecerem as instalações do programa. Indagados por um jornalista se haveria sexo, um dos participantes afirmou categoricamente que não. Após a resposta, a edição mostrou em seguida os jonalistas visitando o quarto e um deles dizendo que é impossível algum deles ficar três meses sem sexo, ainda mais que muitos deles são livres e desimpedidos. À tarde, os "brothers" receberam a visita da cantora bahiana Daniela Mercury que fez um pequeno show e ainda caiu na piscina com eles. Daniela ainda chamou atenção de Marcus que "pagou cofrinho" em rede nacional.

O que percebi foi que muito deles ainda não atinaram o fato de estar no BBB. Muitos deles, conversaram sobre a edição passada e supõe as atividades baseadas nas edições anteriores, como foi no caso da prova da imunidade em que Bial tentou pegar uma peça numa possivel eliminação entre Bianca e Nathália - o que seria injusto e ao mesmo tempo colocaria pilha na galera para que o programa já começou. Ao que parece, as mudanças foram mais técnicas e na rotina de produção interna do que tentar repaginar tudo para tentar demosntrar novidade. O elenco, na minha opinião, ainda não mostrou a que veio e nem superou, muito menos igualou o carisma dos participantes das edições de número 5 e 7. O BBB 8 corre o risco de ser "aguado" como o BBB 6 - todo mundo bonzinho e "água com açucar". Colocar pimenta é fundamental para uma programa que tem o verão, as intrigas e corpos bronzeados como pano de fundo. Vamos ver no que vai dar!



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Essa semana eu volto com mais Café com Notícias.




Jornalista

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2 comentários

  1. Detesto Big Brother. Acho a pior coisa q a TV aberta pode oferecer ao telespectador.

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  2. Acho uma hipocrisia qdo vejo alguém falar do Big Brother. O programa é uma aula sobre o comportamento humano. Na verdade, as pessoas tem medo de se perceber ou identificar com os participantes...ou pior: acha q ser intelectualizado é falar mal do BBB. Wander, gostei mto do seu texto. Vc escreveu coisas q nem tinha percebido no programa de ontem. O Café já virou rotina de leitura. Abraço

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