Chamas da tragédia: quando o fogo vira arma de destruição
agosto 24, 2007
Como explicar duas gangues rivais presas no mesmo local, porém em selas diferentes? Não é acender um palito de fósforo perto de um barril de pólvora? Repórteres de todos as mídias redigiram sobre o atentado. Políticos aparecem, deputados abrirão comissões, o estado quer esclarecimentos das autoridades locais e a mídia abre o picadeiro para o debate.
A imprensa não teve acesso ao local que foi incendiado. O deputado estadual Sargento Rodrigues, que visitou a cadeia após o massacre, disse, em entrevista para o Jornal Super Notícia, que é visível o rastro de destruição e a maneira cruel que essas vidas foram perdidas. É preciso, antes de fazer qualquer análise sobre o atentado, discutir a atual situação do sistema carcerário brasileiro. Continuar desse jeito, em que as cadeias são uma verdadeira universidade do crime, não dá!

E por falar em fogo, o professor de matemática e vice-diretor da Escola Estadual Francisco Firmo de Matos, em Contagem, Reginaldo Nunes Pinto, de 33 anos, desaperecido desde a noite de terça-feira (21/08), teve seu carro, um Fiat Uno vermelho, encontrado queimado no bairro Nova Santa Cecília, no Barreiro, em Belo Horizonte. A família está desesperada por que o professor ainda está desaparecido. De acordo com a irmã, Júnia Graziely, em entrevista ao Jornal Aqui, disse que já teve um caso parecido, há sete anos atrás, com um outro professor da mesma escolaque também foi promovido a diretor, teve o carro roubado e o corpo encontrado vários dias depois com vários tiros.
Pergunto-me sobre o motivo desse crime. Num devaneio, acredito, como se fosse um roteirista, que o diretor pode ter sido vítima de gangues que freqüentam a escola. Mas isso é uma hipótese, somente. Não sou polícial e nem detetive, mas que a mente viaja sobre o ocorrido, isso viaja....mas vamos ter esperança de que nada de ruim tenha acontecido com o professor. Estamos cansados de ver na mídia, nos depoímentos de educadores que trabalham na periferia, serem vítimas de marginais disfarçados de alunos.
E a última de hoje, para dar uma aliviada, e sem querer sair do tema fogo, uma mulher é condenada a pagar indenização de R$ 15 mil ao ex-marido por que ele descobriu que não é pai biológico da filha. Um exame de DNA, na filha caçula do comerciante mineiro, serviu de prova para comprovar a traição da ex-mulher dele e eliminar a desconfiança de que não era o pai biológico da criança. A prova se somou ao processo de separação ocorrido em dezembro de 2005 e deferido essa semana pela 19ª Vara Civil de Belo Horizonte. Fica o alerta aos amentes: traição vale ouro para o traído!
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Jornalista
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