#Mobilidade: ITDP Brasil e Nossa BH apontam desafios e propostas para melhorar o deslocamento em BH

novembro 12, 2020

Crédito: Via Trolebus / Reprodução. 

Diariamente, a população de Belo Horizonte (MG) enfrenta um longo tempo de deslocamento dentro da cidade. De acordo com o Movimento Nossa BH, o transporte público não é eficiente, a infraestrutura é mal distribuída no território, além de ter um custo alto em comparação à renda da população. Então, como melhorar a nossa mobilidade urbana? 

Buscando contribuir para o debate eleitoral e para a nova gestão municipal, o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP Brasil), em parceria com o Movimento Nossa BH, lança o documento O Belorizontino e o Transporte na Cidade, com desafios e propostas para melhorar as condições de vida de quem usa o transporte público.
 
O fato da maioria das pessoas morar longe das oportunidades de emprego, saúde e educação, interfere muito na vida da população. A MobiliDADOS, plataforma de indicadores do ITDP, mostra que mais de 100 mil pessoas não conseguem acessar estabelecimentos de saúde de baixa complexidade, como Postos de Saúde, UPAs e clínicas em 15 minutos de caminhada em Belo Horizonte
Crédito: UOL / Reprodução. 

Ou seja, 14% da população gasta mais de uma hora para se deslocar da casa ao trabalho. E apenas 11% da população vive próxima de ciclovias ou ciclofaixas, tendo de conviver com a insegurança no trânsito. Além disso, o estudo evidencia a importância de se implantar as faixas exclusivas previstas no Plano de Mobilidade de Belo Horizonte

Os corredores e vias prioritárias têm um potencial significativo de facilitar o deslocamento da população, podendo contribuir para a redução das desigualdades no acesso às oportunidades. Hoje, 92% da população da Região Metropolitana de Belo Horizonte estão distantes do transporte de média e alta capacidade (BRT e Metrô).

Também é levantada a necessidade de se revisar os modelos de concessão e os termos do contrato de licitação do sistema de transporte público. A próxima gestão municipal deve criar um novo modelo que inclua fontes de financiamento extratarifárias com vistas a reduzir os valores das tarifas do transporte público e garantir a sustentabilidade financeira do sistema. 
Crédito: Valor Econômico / Reprodução. 

As organizações também apostam no monitoramento de dados, fortalecimento dos espaços de gestão compartilhada e em renovação da frota com veículos de zero emissões  para uma melhoria na qualidade da operação do sistema. 

“Uma oferta mais abrangente do transporte público, com itinerários e horários voltados para atividades culturais, de lazer e para o cuidados de saúde e educação deve ser considerada, melhorando a oferta territórios periféricos”, pontua Letícia Domingues, consultora de Políticas Públicas do Nossa BH.

Segurança

A falta de segurança para pedestres e ciclistas é uma prioridade a ser enfrentada Seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), a velocidade máxima na cidade deve ser 50 km/h. A medida tem como intuito reduzir a ocorrência e gravidade de acidentes. 

A nova gestão também pode tornar a cidade mais amigável para pedestres e ciclistas promovendo a ampliação de ciclovias, integrando o uso da bicicleta aos demais modos de transporte - como estações de BRT e metrô - e por meio da implementação de medidas para acalmar o tráfego em cruzamentos críticos.

Efetivar essas medidas significa incentivar os deslocamentos a pé e por bicicleta, essenciais para o combate às mudanças climáticas. Além disso, as organizações afirmam que é necessário que a futura gestão assuma a responsabilidade sobre ações para adaptação às mudanças climáticas e interrompa o ciclo de expansão viária que prioriza os automóveis individuais. 
Crédito: Globo Esporte / Reprodução. 

Por isso, no dia 06 de novembro, as medidas prioritárias para a nova gestão municipal foram debatidas em uma live no Youtube organizada pelo @movimentonossabh. As jornalistas Edilene Lopes (Itatiaia) e Jéssica Almeida (O Tempo)  conversaram com Letícia Bortolon (ITDP) sobre o conteúdo desse novo projeto de mobilidade urbana para BH, contando com a mediação de Letícia Domingues (Nossa BH)

No bate-papo virtual, foram abordados os desafios apontados pela sociedade civil para a mobilidade urbana em Belo Horizonte (MG) em período eleitoral, bem como o acompanhamento da imprensa sobre o tema. Abaixo, assista a live no Youtube:





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