#Curiosidade: Você sabe o que fazer para evitar a maldição do conhecimento na sua rotina de trabalho?

fevereiro 22, 2019

Que tal usar o seu conhecimento para ser um facilitador no seu dia-dia de trabalho? Crédito: PxHere / Reprodução. 

O conhecimento é libertador, mas também pode sufocar. É o que acontece com alguns profissionais que passam pela situação de ter mais destreza sobre um determinado assunto em relação aos seus colegas de trabalho e, por isso, não se sentem dispostos a ter que ficar explicando o uso de ferramentas, siglas e o significado de determinados termos. Se você se identificou com isso, talvez esteja passando por o que alguns especialistas chamam de curse of knowledge, também conhecido como a maldição do conhecimento.

Isso acontece quando o alto grau de familiaridade de um profissional com um tema específico interfere na maneira com que ele se expressa sobre o tema. Ou seja, quanto mais uma pessoa sabe sobre determinado assunto, mais ela tem dificuldade de se colocar no lugar do outro, sobretudo na fala e na escrita. Com isso, acabam se deprimindo ou se sentindo desmotivadas. 

Por mais duro que possa parecer, uma das explicações para que isso ocorra está, geralmente, na falta de empatia com o outro e no excesso de ego. Geralmente, esse profissional acredita que não é a obrigação dele ter que ensinar algo a alguém, mesmo que isso reflita no sucesso da equipe. Esse profissional pensa assim: se eu me empenhei tanto para saber, porque o outro não faz o mesmo? Mas, ele se esquece que nem todo mundo tem os mesmos acessos ao conhecimento ou a facilidade de aprender uma determinada coisa. Somos pessoas diferentes que possuem realidades diferentes. 

Muitas vezes, não é que a pessoa seja egoísta, apenas ela vê o fato de ter que ensinar algo ao colega como uma "perda de tempo" ou algo que possa comprometer o seu rendimento. Só que essa pessoa se esquece que quando ela aplica o seu conhecimento ensinando o outro (ou apresentando a ele uma nova ferramenta ou conceito, por exemplo), ela está aprendendo também, colocando o próprio conhecimento em prática e, até mesmo, criando novas metodologias de trabalho de forma mais colaborativa, criativa e acolhedora. Veja mais detalhes no vídeo, abaixo:

Veja também:
- Dicas para melhorar a comunicação interpessoal no trabalho

“É latente a dificuldade que muitas pessoas têm de transmitir conhecimento a respeito de um tema ou ambiente com os quais estão amplamente familiarizados. Isso prejudica a comunicação interna, mas não é só. Pode ser uma enorme barreira na comunicação junto ao consumidor final também”, afirma o CEO da Spin Design, @RenatoGangoni, um dos maiores especialistas brasileiros em projetos de educação corporativa baseados em Visual Thinking.

No dia-dia de trabalho, por exemplo, esse tipo de situação de não conseguir entender o que uma pessoa quer dizer ou a falta de paciência de explicar algum tipo de conhecimento mais complexo, sigla ou uso de determinada ferramenta, é muito mais rotineiro do que a gente possa imaginar, principalmente quando se trata de profissionais do mesmo setor ou, até mesmo, de áreas completamente distintas. 

Quem nunca participou de uma reunião lotada de siglas, termos técnicos e expressões que fazem sentido para alguns, mas não faz para outros? Por isso é tão importante lembrar que nem todo mundo é obrigado saber de tudo e que o conhecimento organizacional compartilhado é fundamental para o sucesso de todos. 

Apesar de haver maneiras para remediar os efeitos da maldição do conhecimento, a verdade é que não há nada melhor do que exercitar a empatia e mostrar para os membros da equipe – ou até mesmo para os clientes (internos e externos) do seu trabalho; exemplos concretos desse tipo de conhecimento, em vez de apenas conteúdos verbalizados ou textuais. O ideal é investir em imagens didáticas, leves e divertidas. Então, que tal mudar de atitude? Procure pensar assim: ter uma postura facilitadora no ambiente corporativo pode fazer a diferença para o sucesso do todo, e não apenas o meu.

O que fazer?

O uso da linguagem visual e da empatia são os melhores exemplos de postura facilitadora que contribuem para universalizar um conhecimento numa organização. No livro Desenhando Negócios fica evidente que as empresas devem apostar mais em formas visuais e intuitivas de comunicação. O autor Dan Roam acredita que uma imagem soluciona qualquer problema, pois "ao rabiscar determinado desafio, o profissional está apto a enxergar aspectos invisíveis que irão impulsionar novas ideias em potencial".
O sucesso de uma organização vem do entendimento do trabalho em equipe e não apenas do individual. Crédito: FreePick / Reprodução. 

Na prática, este conceito apresentado por Roam nada mais é que uma composição visual idealizada através dos princípios de arte e design, com o objetivo de transmitir uma mensagem e/ou um conhecimento de forma clara, acessível e plural. 

"Se uma pessoa verbaliza os pensamentos, pode visualizá-los. Neste caso, elementos visuais, tais como animações, jogos, vídeos e afins, otimizam o processo de aprendizagem ao requerer um menor esforço físico e químico do cérebro para absorver novos conteúdos. Devido a este fator, este estilo de composição chama mais a atenção do público e reduz o período de internalização das informações", explica Gangoni.

"Com pitadas de análise de conteúdo, pensamento lógico-racional, design de informação, design gráfico e criatividade, transformamos os materiais corporativos em produtos rápidos, universais e compartilháveis", finaliza.






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