#CaféInSérie: Em "Altered Carbon", a morte é apenas uma lembrança distante

fevereiro 14, 2018



Por Sílvia Amâncio*

No século 25, a humanidade conseguiu derrubar o mito/poder de Deus com a imortalidade, a digitalização da mente humana armazenada em um cartucho que pode ser implantado em corpos diferentes, humanos ou sintéticos chamados "capas". Com a rápida evolução da tecnologia os clones se tornam realidade e o backup dos cartuchos permite a imortalidade dos humanos. 

Os ricos e poderosos, como usual, controlam o governo e são chamados de Matusas (referência bíblica a Matusalém que viveu quase mil anos). A ONU, uma instituição moderadora é refém das elites que escravizam os pobres e permite que vírus letais adoeçam e dizimem populações, na Terra e em outros planetas colonizados. 

Nesse cenário desumanizado, surge uma figura de 200 anos, antes congelada por seus crimes contra a "ordem da nova sociedade digitalizada", que mesmo errante, conserva traços de ética, moral e humanidade. Takeshi Kovacs, fruto de um lar violento, meio esloveno meio japonês, com sua mochila rosa "Hello unicorn", é a única chance de salvar o que resta de humano na Terra. 

Baseado no livro de Richard K. Morgan, Altered Carbon, a nova série da Netflix, estrelada pelo ator sueco Joel Kinnaman (o Robocop, do brasileiro José Padilha), impressiona pelas referências ao clássico filme de 1982, Blade Runner e ao escritor de mistérios e suspendes Edgar Allan Poe.

Produzida por Laeta Kalogridis, o ambiente cyberpunk da série, em 10 capítulos, nos brinda com a mistura de origens de seus atores como a mexicana Martha Higareda e a nepalense Dichen Lachman, além de mulheres fortes como a líder miliciana Quellcrist Falconer, interpretada pela atriz Renee Elise Goldsberry.

Uma história de ficção científica em um futuro distópico, onde o Cristianismo é uma mera seita, as inteligências artificiais (AI) são organizadas em cooperativas e associações e os ricos usam os pobres para satisfazer suas vontades, crueldade e perversidades. 

Para muitos uma realidade impossível. Para outros, uma visão de que já estamos caminhando a largos passos para a dependência da tecnologia de forma irrestrita, perdendo a cada dia nossa essência humana.


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*Perfil: Sílvia Amâncio é jornalista especialista em "Comunicação e Saúde" e amante de séries e filmes.




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