#Impacto.jor: Google cria ferramenta para redações medirem o impacto das matérias jornalísticas
julho 10, 2017
Com o intuito de medir o impacto das matérias jornalísticas perante os internautas/sociedade, o Google News Lab criou a ferramenta Impacto.jor, fruto de uma parceria com o Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor) e cinco redações brasileiras: Folha de S.Paulo, Veja, Nexo Jornal, Gazeta do Povo e Nova Escola. Essas redações toparam o desafio de medir, acompanhar e entender melhor o impacto que elas causam à sociedade.
O Impacto.jor usará uma metodologia inspirada no trabalho das maiores ONGs de jornalismo investigativo dos Estados Unidos, dentre elas, The Marshall Project e ProPublica. O idealizador do projeto, o jornalista, desenvolvedor e pesquisador Pedro Burgos, passou dois anos nos Estados Unidos estudando como essas organizações medem o impacto na sociedade.
Na prática, é bem simples: cada redação terá acesso a um pequeno formulário para cadastrar informações sobre uma matéria. Por exemplo: depois da publicação da reportagem aconteceu alguma coisa? Qual seria o nível percebido de impacto daquela matéria?
Além do formulário, o Impacto.jor usa uma série de robôs que pegam informações disponíveis na rede, que ajudam a "sugerir" novos impactos. Pelo painel de controle, editores podem ver quando algum político citou o veículo na tribuna da Câmara, se um influenciador digital compartilhou um link em redes sociais, ou se um blog copiou a reportagem, por exemplo.
As informações dos formulários farão a composição de um painel de controle com todos os impactos cadastrados, em união a dados de audiência e de redes sociais. O cruzamento dessas informações vai enriquecer a forma como o jornalismo é feito hoje nessas redações.
Com isso, equipes editoriais poderão medir o desempenho de seus repórteres também pelo impacto que eles causam. Os times comerciais poderão desenvolver campanhas que colocam o impacto do jornalismo no centro da conversa. Leitores poderão enxergar de forma mais clara qual é o impacto que as publicações causam.
O Impacto.jor vai abrir a metodologia e a ferramenta para todas as redações, gratuitamente. A ferramenta que está em desenvolvimento terá o código aberto e uma licença de utilização livre, ou seja, qualquer organização poderá reutilizar e modificar o código de acordo com suas necessidades.
"Por enquanto, estamos trabalhando intensamente para entender como esses recursos vão funcionar em diferentes cenários. Nos próximos meses anunciaremos como outras redações poderão fazer parte do Impacto.jor", explica a nota publicada no Blog do Google Brasil.
O projeto surge na esteira de um movimento liderado por publicações como o New York Times para redefinir o sucesso do jornalismo. "A redação precisa entender mais claramente que visualizações de página são uma referência significativa, mas não levam necessariamente ao sucesso", escreveu o jornal americano no seu relatório para 2020, publicado em janeiro.
As palavras do NYT foram corroboradas no dia 7 de junho por um estudo publicado pelo Centro Tow na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. A pesquisa mostrou que um número crescente de redações está apostando que o impacto - ou seja, uma mudança no status quo que foi resultado da intervenção provocada pelas redações, é crucial para a sustentabilidade de longo prazo.
"A prática de medir impacto começou com as ONGs como uma das exigências dos financiadores. Agora, empresas de jornalismo estão considerando que mostrar mudanças reais e positivas como resultado do seu trabalho jornalístico possibilitará um relacionamento mais profundo entre suas marcas e a audiência", ressalta a nota publicada no Blog do Google Brasil.
Fonte: Blog do Google Brasil / Adaptação.
O Impacto.jor usará uma metodologia inspirada no trabalho das maiores ONGs de jornalismo investigativo dos Estados Unidos, dentre elas, The Marshall Project e ProPublica. O idealizador do projeto, o jornalista, desenvolvedor e pesquisador Pedro Burgos, passou dois anos nos Estados Unidos estudando como essas organizações medem o impacto na sociedade.
Na prática, é bem simples: cada redação terá acesso a um pequeno formulário para cadastrar informações sobre uma matéria. Por exemplo: depois da publicação da reportagem aconteceu alguma coisa? Qual seria o nível percebido de impacto daquela matéria?
Além do formulário, o Impacto.jor usa uma série de robôs que pegam informações disponíveis na rede, que ajudam a "sugerir" novos impactos. Pelo painel de controle, editores podem ver quando algum político citou o veículo na tribuna da Câmara, se um influenciador digital compartilhou um link em redes sociais, ou se um blog copiou a reportagem, por exemplo.
As informações dos formulários farão a composição de um painel de controle com todos os impactos cadastrados, em união a dados de audiência e de redes sociais. O cruzamento dessas informações vai enriquecer a forma como o jornalismo é feito hoje nessas redações.
Com isso, equipes editoriais poderão medir o desempenho de seus repórteres também pelo impacto que eles causam. Os times comerciais poderão desenvolver campanhas que colocam o impacto do jornalismo no centro da conversa. Leitores poderão enxergar de forma mais clara qual é o impacto que as publicações causam.
O Impacto.jor vai abrir a metodologia e a ferramenta para todas as redações, gratuitamente. A ferramenta que está em desenvolvimento terá o código aberto e uma licença de utilização livre, ou seja, qualquer organização poderá reutilizar e modificar o código de acordo com suas necessidades.
"Por enquanto, estamos trabalhando intensamente para entender como esses recursos vão funcionar em diferentes cenários. Nos próximos meses anunciaremos como outras redações poderão fazer parte do Impacto.jor", explica a nota publicada no Blog do Google Brasil.
O projeto surge na esteira de um movimento liderado por publicações como o New York Times para redefinir o sucesso do jornalismo. "A redação precisa entender mais claramente que visualizações de página são uma referência significativa, mas não levam necessariamente ao sucesso", escreveu o jornal americano no seu relatório para 2020, publicado em janeiro.
"As matérias de maior sucesso e as mais valiosas muitas vezes não são aquelas com um número grande de visualizações de página, ao contrário do que a maior parte da redação pressupõe".
As palavras do NYT foram corroboradas no dia 7 de junho por um estudo publicado pelo Centro Tow na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. A pesquisa mostrou que um número crescente de redações está apostando que o impacto - ou seja, uma mudança no status quo que foi resultado da intervenção provocada pelas redações, é crucial para a sustentabilidade de longo prazo.
"A prática de medir impacto começou com as ONGs como uma das exigências dos financiadores. Agora, empresas de jornalismo estão considerando que mostrar mudanças reais e positivas como resultado do seu trabalho jornalístico possibilitará um relacionamento mais profundo entre suas marcas e a audiência", ressalta a nota publicada no Blog do Google Brasil.
Fonte: Blog do Google Brasil / Adaptação.
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