Profissionais da TV Alterosa e do Jornal Estado de Minas fazem greve para reivindicar direitos trabalhistas

dezembro 29, 2015



Nesta semana, os trabalhadores da TV Alterosa (afiliada do SBT) e do Jornal Estado de Minas, empresas controladas pelos Diários Associados, decidiram fazer uma greve como forma de protesto pelo não pagamento de direitos trabalhistas, tais como o 13º salário e salários atrasados, além do não pagamento de férias, tíquete alimentação e não recolhimento de FGTS e Previdência.

A manifestação contou com assembleias na porta das empresas jornalísticas e protestos nas imediações para denunciar o não cumprimento dos vínculos trabalhistas. Com isso, o Jornal da Alterosa, principal telejornal da emissora, foi exibido com reportagens de São Paulo e do interior, enquanto o jornal Estado de Minas circulou com “matérias frias” e reportagens do Correio Braziliense, veículo do mesmo grupo editado em Brasília-DF.

De acordo com o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, no protesto desta terça-feira (29/12), mais de 100 policiais militares do Batalhão de Choque acompanharam a manifestação, inteiramente pacífica. “Foi um absurdo! Recebemos a informação de que se tratou de uma requisição da empresa. Resta saber se foi um pedido oficial ou se partiu de algum chefe que tenha relação direta com o comandante do Batalhão. Iremos indagar isso de maneira formal às autoridades e, uma vez identificado o responsável, ele será processado por assédio moral”, garantiu Kerison.

Durante a paralisação, o Sindicato fez uma denúncia formal ao ouvidor da PM, Paulo Alckmin, e à Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Cidadania. Nesta quarta-feira (30/12), haverá uma Audiência de Mediação na Superintendência do Ministério do Trabalho a fim de resolver o imbróglio. A luta pelos direitos, contudo, não irá cessar. “Os trabalhadores dos Diários Associados nos ensinaram que não dá mais para aguentar tantos desrespeitos. O exemplo será seguido por colegas de outras redações, certamente”, disse Kerison.

“Recentemente, os jornalistas têm tolerado retrocessos e abusos como esse, mas não dá mais. Chegou a hora de resgatarmos o prestígio e a força da nossa classe. Essa greve vai marcar história no jornalismo mineiro, que não será o mesmo daqui para frente. Descobrimos o caminho das ruas e iremos caminhar por elas sempre que for preciso defender nossa causa”, completou.




Fotos: SINTERT/MG.






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