Brasil cumpre meta de redução da mortalidade infantil
setembro 10, 2015A médica cubana Dra Irianna Ramad atende crianças brasileiras pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio do programa Mais Médicos. Foto: Flávia Umpierre / Reprodução. |
O Brasil é um dos 62 países que
alcançaram a meta de redução da mortalidade infantil, estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU),
por meio dos Objetivos do Milênio. É
o que confirma o relatório Níveis e Tendências da Mortalidade Infantil 2015,
divulgada nesta última quarta-feira (09/09), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Organização Mundial de Saúde (OMS), Banco Mundial e o Departamento
da Organização das Nações Unidas (ONU) para Questões Econômicas e Sociais (Undesa).
A meta estipulada pela ONU por meio
dos Objetivos do Milênio, apontou a
necessidade de diminuição em dois terços no índice. De 1990 a 2015, o Brasil
reduziu em 73% a mortalidade infantil. Há 25 anos eram registradas 61 mortes
para cada mil crianças menores de cinco anos. O número caiu para 16 mortes (a
cada cem mil) após esse período.
Esses números já haviam sido
adiantados pelo governo federal no ano passado, quando foi divulgado o 5º Relatório Nacional de Acompanhamento.
Isso quer dizer que a meta foi atingida antes do prazo estipulado pela
ONU. Além disso, a queda do índice de
mortalidade infantil no País supera a média mundial de 53% nos últimos 25 anos.
Em 2013, a ONU creditou o avanço no
combate à mortalidade infantil no Brasil a políticas de assistência social como
o programa de transferência de renda Bolsa Família. O Relatório da Unicef
indicou, na ocasião, que uma combinação de estratégias combateu de forma efetiva
a mortalidade infantil.
Além do Bolsa Família, foram citados como elementos que contribuíram para o
resultado positivo a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) com
foco na atenção primária de saúde, a melhoria no atendimento materno e ao
recém-nascido e esforços para prestar assistência à saúde no nível comunitário.
Inclusão
Uma pesquisa lançada no início de
setembro pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) revelou que, de 2000 a 2010, o Brasil reduziu o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS).
Durante o período, o País destacou-se pela implementação de um conjunto de
políticas públicas responsáveis pela erradicação da fome e da pobreza extrema.
De acordo com o Atlas da Vulnerabilidade Social nos Municípios Brasileiros, em 2000, o índice estava
fixado em 0,446, taxa considerada de alta vulnerabilidade social. O último
valor contabilizado pela entidade, referente a 2010, foi de 0,326 – uma queda
de 27% em relação à medição anterior. Em 2000, eram 3.610 os municípios
brasileiros que apresentavam alta vulnerabilidade social. Dez anos depois,
constatou o Ipea, eles haviam diminuído para 1.981.
O resultado retira o Brasil do
ranking dos países com alta vulnerabilidade social, posicionando-o na faixa
média. A nova colocação é reforçada, ainda, pelo número de municípios com baixa
ou muito baixa vulnerabilidade social: em uma década, eles passaram de 638 a
2.326.
O Ipea chama a atenção para
alterações no índice das diversas regiões brasileiras. Segundo o Instituto, a
evolução apresentou-se com maior nitidez no Centro-Oeste [especialmente a faixa
de fronteira de Mato Grosso do Sul (MS)], no Norte [com destaque para o Estado
de Tocantins (TO)] e no Nordeste [sul da Bahia (BA), Ceará (CE), Rio Grande do
Norte (RN) e leste de Pernambuco (PE)].
Fonte: Portal Brasil / Reprodução.
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