#JornalistasLivres superam a meta em financiamento coletivo
julho 12, 2015
Nesta última semana, o coletivo de
mídia independente #JornalistasLivres superou
a meta de arrecadação em financiamento coletivo. Dos R$ 100 mil esperados, o
grupo conquistou R$ 132.730, graças ao apoio de internautas de diversas partes
do Brasil. O dinheiro angariado será utilizado para a estruturação de um hub de
reportagens com atuação em todo o país. Para ler a carta manifesto de criação
do coletivo, clique
aqui.
A proposta do Jornalistas Livres é enfrentar a narrativa de ódio da mídia
convencional que insiste em produzir notícias antidemocráticas e de permanente
desrespeito aos direitos humanos e sociais. Dentro desta proposta, o grupo quer
dar voz a um jornalismo mais livre e com o compromisso com o público. Para
isso, o coletivo pretende criar ainda grupos de trabalho em diversas cidades do
Brasil, como São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba. Conheça mais sobre o projeto no vídeo abaixo:
Com mais de 1.100 apoiadores, a
conquista antecipada de uma meta ousada para os padrões de crowdfunding
no Brasil, em um ano em que a crise econômica e as demissões em massa
dentro das redações são uma dura realidade, deixa um recado claro de que as
pessoas estão em busca de conteúdos diferentes dos que pautam o dia-a-dia da
mídia tradicional.
Agora mais fortes, os #JornalistasLivres
reforçam sua forma de atuação sobre os pilares que sustentam o jornalismo da
rede: história de pessoas, denúncia de abusos aos direitos humanos,
acompanhamento e fiscalização de políticas públicas, agendamento de debates,
pluralidade de fontes, contextualização dos temas abordados, democratização da
informação. O objetivo é dar à população acesso a informações de qualidade.
O grupo, que soma diversos coletivos
de mídia livre, artistas, jornalistas independentes, repórteres, editores,
fotógrafos e cinegrafistas, atua por meio das redes sociais, sem remuneração,
operando única e exclusivamente em nome da paixão pela profissão e seu gênero
mais nobre, a reportagem. O dinheiro será utilizado para garantir o aluguel de
sede por um ano, infraestrutura básica, como energia elétrica, internet, água e
telefone, além de alguns equipamentos de imagem e edição.
Segunda reunião do coletivo "Jornalistas Livres" na Casa do Jornalista, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Foto: Rafael Gaia / Reprodução. |
A ideia-motriz dos #JornalistasLivres
é a da colaboração entre todos os comunicadores que se indignam com a
naturalização do genocídio da população negra, pobre e periférica; com as
humilhações e assassinatos a que são submetidos membros da comunidade LGBT; com
a negação da existência de índios e quilombolas; com a desigualdade; com as
injustiças; com as tentativas dos setores mais atrasados do país de suprimir
direitos conquistados a duras penas pelos trabalhadores e pelas camadas mais
vulneráveis da população. O desafio é constituir uma imprensa independente,
inclusiva, crítica, pluralista de verdade, desafiadora dos clichês e
preconceitos.
O grupo tem apoio público de várias
personalidades que defendem uma mídia livre, independente e plural: Paul Singer,
professor e economista; Lecy Brandão, deputada estadual (SP) e sambista, que compôs
uma letra para o grupo; Marcelo Freixo, deputado estadual (RJ); Jandira
Feghali, deputada federal (RJ); Atila Roque, Diretor Executivo da Anistia
Internacional Brasil; Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores
Sem Teto (MTST); Carmem Ferreira, da Frente de Luta por Moradia (FLM); Raimundo
Bonfim, da Central dos Movimentos Populares (CMP); a cartunista Laerte
Coutinho; o poeta Sergio Vaz; o ativista Claudio Prado; a cantora Valesca
Popuzuda; os rappers Emicida e Rico Dalasam; Rafael Myke, do Dream Team do
Passinho, entre outros.
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