Festival "É Tudo Verdade 2015" exibe nova safra de documentários em BH

maio 01, 2015



Até segunda-feira (04/05), o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, realiza as sessões gratuitas do Festival É Tudo Verdade 2015 – 20º Festival Internacional de Documentários. Pela quarta vez consecutiva, a capital mineira exibe destaques da programação do principal evento latino-americano dedicado à produção não-ficcional.

A programação preparada para BH exibe títulos marcantes das seleções competitivas, informativas e retrospectivas da 20ª edição do É Tudo Verdade, incluindo os vencedores das competições nacional e internacional de longas. As sessões gratuitas estão programadas para às 14h, 16h e 18h. O local possui capacidade para 80 lugares e a retirada dos ingressos deve ser feita 1h antes de cada sessão, na bilheteria do CCBB.

Entre as estreias nacionais, o festival apresenta a primeira exibição em Belo Horizonte da mais recente realização do documentarista mineiro Rodrigo Siqueira, “Orestes”, lançado na mostra competitiva deste ano. Selecionado para o ciclo paralelo O Estado das Coisas, também conhece sua première mineira “Carregador 1118”, de Eduardo Consonni e Rodrigo T Marques. Abaixo, confira a programação completa:

02/05 (sábado)
14h – Documentários Musicais no É Tudo Verdade / HERBERT DE PERTO / Roberto Berliner e Pedro Bronz / Brasil / 60 min
Sinopse: Em uma série de conversas, o intérprete e compositor Herbert Vianna revisita sua trajetória artística com os Paralamas do Sucesso. Relembra o acidente de ultraleve em 2001, que matou sua esposa e o deixou paralítico. Fala sobre o processo de superação da tragédia por meio da música, mesclado a depoimentos dos colegas da banda, pais e outros membros da família. O mundo como o músico o vê hoje.

16h – Competição Internacional – Longas / CHAMAS DE NITRATO / Mirko Stopar / Noruega, Argentina / 62min
Sinopse: Retrato biográfico da atriz francesa Renée Falconetti, estrela de um único clássico do cinema silencioso: “A Paixão de Joana D’Arc” (1928 de Carl Theodore Dreyer. Baseado em materiais de arquivo, o diretor Mirko Stopar traça a trajetória da atriz desde a feérica Paris dos anos 1920 até a sombria Buenos Aires dos anos 1940.

18h – Vencedor Competição Brasileira de Longas / A PAIXÃO DE JL / Carlos Nader / Brasil / 82min
Sinopse: Em janeiro de 1990, aos 33 anos, o artista José Leonilson começa a gravar, em fitas cassete, um diário íntimo. Comentários sobre os acontecimentos que sacudiam o país, em plena era Collor, e o exterior, como a queda do Muro de Berlim, percorrem suas confissões, bem como impressões sobre os diversos filmes a que assistia. Esses registros de um artista sensível e antenado à contemporaneidade, que a princípio não visavam mais do que testemunhar a sintonia entre sua vida e uma obra muito peculiar e intimista sofrem, no entanto, o impacto da descoberta de que Leonilson é portador do HIV. A incerteza e a urgência passam a impregnar os seus relatos.

03/05 (domingo)
14h – Retrospectiva 20! Vinte aos Pares / SANTO FORTE / Eduardo Coutinho / Brasil / 80 min
Sinopse: Em 5 de outubro de 1997 uma equipe entra na favela Vila Parque da Cidade, situada na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro. Os moradores assistem à missa celebrada pelo Papa João Paulo II realizada no Aterro do Flamengo. Em dezembro, a equipe volta à favela para descobrir como seus moradores vivem a experiência religiosa.

16h – Retrospectiva 20! Vinte aos Pares / O SICÁRIO, QUARTO 164 / Gianfranco Rosi / França-EUA / 84min
Sinopse: No mesmo quarto de um motel, na fronteira entre o México e os EUA, onde há anos manteve um refém, um matador que por duas décadas trabalhou a serviço dos narcotraficantes de Ciudad Juárez - tida como a cidade mais violenta do mundo - decide contar sua história. Ele descreve minuciosamente o processo de recrutamento dos chamados "sicários" a partir da adolescência.

18h – O Estado das Coisas / DRONE / Tonje Hessen Schei / Noruega / 78min
Sinopse: Há anos, sem que os EUA estejam em guerra contra o Paquistão, drones acionados a partir do deserto de Nevada provocam pesados danos e mortes, inclusive de muitos civis, naquele país. A diretora Tonje Hessen Schei traz a discussão para o centro do dilema de que o desenvolvimento tecnológico caminha mais rápido do que a legislação internacional. Ouvem-se diversas famílias paquistanesas, ativistas de direitos humanos, fabricantes e pilotos de drones – jovens que tampouco conseguem compreender seu papel neste nada admirável mundo novo. Bem-vindos à guerra moderna.

04/05 (segunda feira)
14h – O Estado das Coisas / CARREGADOR 1118 / Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques / Brasil / 65min
Sinopse: O filme acompanha o cotidiano de Antonio da Silva, veterano carregador de caixas de mercadorias no CEAGESP, maior entreposto comercial da América Latina. Imigrante nordestino, ele vive em São Paulo desde 1969, mantendo desde então uma vida dura, de incerteza econômica e também amorosa. Neste momento, ele está se separando da mulher. Mas não há tempo de parar para rediscutir a relação, o trabalho o espera. Quando chega a noite, ele guarda suas poucas coisas num armário lá mesmo e sai para os bares, para a cachacinha nossa de cada dia.

16h – Programas Especiais / COMO CHEIRAR UMA ROSA: UMA VISITA COM RICKY LEACOCK À NORMANDIA / Les Blank, Gina Leibrecht/ EUA/ 64min
Sinopse: Em 2000, o cineasta norte-americano Les Blank visita o colega britânico Richard Peacock em sua casa, na Normandia. Entre refeições, passeios e conversas entre as bucólicas paisagens do norte da França, Leacock recorda momentos de sua longa carreira, ele que foi um dos pioneiros na introdução do Cinema Direto na América, liberando, com suas inovações técnicas e estilísticas, os documentaristas em direção a uma forma mais natural de registro do momento presente. Depois da morte de ambos, a parceira de Blank, Gina Leibrecht, montou o material, permitindo o acesso a esta extraordinária e calorosa troca de informações entre estes dois excepcionais expoentes de sua arte.

18h – Vencedor da Competição Internacional de Longas / A FRANÇA É A NOSSA PÁTRIA / RITHY PANH / França-Camboja / 75min
Sinopse: Valendo-se apenas de materiais de arquivo de diversas procedências, sem comentários em off nem trilha sonora, o destacado cineasta franco-cambodjano Rithy Panh passa em revista quase um século de colonização francesa na Indochina. Imagens aparentemente plácidas, feitas para testemunhar a “missão civilizatória” francesa, com cenas cotidianas e acompanhando a construção de ferrovias, escolas e teatros, evidenciam a arrogância de um processo de dominação colonialista, em que está implícita a ideia de superioridade de uma cultura sobre todas as outras. Uma atitude que se declara, igualmente, nas frases que intercalam as imagens, de autoria de um médico que percorreu toda a Indochina.






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