Psicoterapeuta compartilha em livro as alegrias e desafios de ser mãe

maio 11, 2014



Um amor incondicional pelos filhos e, ao mesmo tempo, cercado de alegrias e desafios. Ser mãe não é uma tarefa fácil. Entre erros e acertos, as mães – independentemente da geração, erram e não devem se sentir culpadas por isso. Foi a partir desta premissa que a psicoterapeuta Elizabeth Monteiro, lançou o livro A culpa é da mãe – Reflexões e confissões acerca da maternidade (280 p., R$ 76,10), publicado pela Summus Editorial.

Para convencer as mães sobre a importância de valorizar seus próprios métodos, Elizabeth conta sua experiência na difícil tarefa de criar quatro filhos. Com relatos emocionantes e muitas vezes cômicos, a autora fala sobre a dor e a delícia da maternidade, mostrando que a perfeição não existe quando se trata de cuidar de crianças.

"Recebo em meu consultório centenas de mães culpadas, perdidas e sofridas. Elas buscam uma receita milagrosa para criar os filhos e contamme seus dilemas. Muitas vezes vejome em cada uma delas. Recordome da infância dos meus filhos e das muitas bobagens e erros que cometi simplesmente por não saber, por estar cansada, cheia, impaciente e por ter sido uma mãe jovem e inexperiente", conta a autora.

O livro traz histórias de três gerações de mulheres de uma mesma família, promovendo o acompanhamento e a comparação das mudanças ocorridas até os dias de hoje. Nos dois primeiros capítulos, a autora fala sobre sua avó e sua mãe, narrando atitudes e comportamentos relativos às respectivas épocas.
Noite de autógrafos do lançamento do livro "A culpa é da mãe". Fotos: Blog Elizabeth Monteiro / Reprodução.

O terceiro capítulo contempla suas experiências com os filhos, acompanhadas de um tratamento psicológico, que explica os fatos apresentados, contextualizando-os na atualidade e propondo algumas formas de lidar com situações semelhantes. Elizabeth aborda questões como culpa, limites, educação, bullying, emoções, violência, ciúmes, drogas, morte, sexualidade, separação, amizades e projetos de vida, entre outros.

Ainda, o livro aborda uma questão: como manter a unidade familiar? De acordo com a autora, isso não é uma tarefa fácil. É preciso acreditar muito na força da união e querer que ela se mantenha. "Precisamos criar um espaço para con­versar com os filhos, reunir a família e os amigos, sem precisar teclar mensagens, para não condenar os jovens e as famílias ao exílio social", afirma a psicoterapeuta.

Segundo a psicoterapeuta, as crianças e os jovens precisam conviver com os adultos, conversar com pessoas que têm mais experiências do que eles e trocar afeto. "Isso os ajudará a amadurecer e a acreditar na humanidade. Embora diversos aspectos tenham mudado de uma geração para outra, todas as mães e todas as famílias, na sua essência, passam por situações bem semelhantes".

Para a autora, as mães não devem se acomodar no papel de vítimas. "As mães são todas iguais. Umas assumem o papel de vítima e se acomodam. Outras assumem o de guerreiras e outras, ainda, terceirizam seus filhos. As mães se sentem muito culpadas quando percebem que suas famílias não seguem o modelo da família perfeita", complementa. Para ela, o peso da culpa faz que acabem mimando seus filhos e não exerçam a autoridade que lhes compete. As mães se queixam que não têm autoridade e que os pais são ausentes. "Na verdade, também temem assumir os seus filhos", diz Elizabeth.






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Jornalista

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