Pecado Mortal pode definir o futuro da teledramaturgia da Record

setembro 10, 2013



Fazer TV não é fácil, ainda mais telenovela que é o produto audiovisual mais assistido pelos brasileiros. E, sobretudo, o mais criticado e comentado. Nesta saara, desde a retomada em 2004, a Rede Record conseguiu imprimir um perfil muito particular nas suas novelas onde a violência e a criminalidade são temas constantes.

Em Pecado Mortal, isso não será diferente. Marcando a estreia do autor Carlos Lombardi na emissora de Edir Macedo e dirigida por Alexandre Avancini, o folhetim se passa no final da década de 1970, onde os traficantes começam ocupar o lugar dos bicheiros nas favelas cariocas e, porque não dizer, no crime organizado.

Pecado Mortal estreia no dia 25 de setembro, às 22h30, logo após a minissérie bíblica José do Egito. Mas não foi a toa que a Record escolheu esse dia, uma quarta-feira. Historicamente, é o melhor dia da grade noturna da semana, se tornando uma alternativa para o público que não tem interesse no futebol da Rede Globo ou da Band.

Com um orçamento em torno de R$ 500 mil por capítulo – uma das novelas mais caras da Record até então, a expectativa em torno de Pecado Mortal é alta, para não dizer derradeira. Tem que dar certo.

Apesar de Lombardi afirmar em entrevistas que não há uma cobrança para que a novela atinja a média dos 11 pontos históricos da casa, um grupo de diretores quer terceirizar a teledramaturgia da emissora, caso Pecado Mortal não vingue. Ou, quem sabe, extinguir as novelas.

Máscaras e Balacobaco foram novelas sofríveis, não só na questão de audiência, mas principalmente no quesito repercussão. O público não conseguiu entender a primeira e a outra era um mosaico de várias situações já vistas em folhetins do mesmo gênero.

Dona Xepa, com um orçamento menor, foi a trama escolhida para estancar a fuga de telespectadores e com a obrigação de dar certo. Poucos personagens, um texto afiado, mas um horário muito tarde que não causou tanta empatia com o público. Além disso, a grade noturna da Record não vive um bom momento e a história adaptada de Gustavo Reis sofre com isso por tabela.

Mas, por outro lado, Pecado Mortal já nasce com a missão de cativar um outro perfil de público. Aquele que já está acostumado a assistir as novelas da emissora, o que vê regularmente o tema violência na Record e também aquele público que fugiu da emissora, após as escorregadas das últimas novelas.

Fora que é o primeiro trabalho autoral de Carlos Lombardi após a saída dele da Globo. O autor ficou um bom tempo na geladeira e, arrisco a dizer que desde Uga-Uga, não conseguiu fazer uma novela tão boa às sete na sua antiga emissora. Será que poderemos descobrir um nova faceta de Lombardi? Tudo isso já é um grande chamarisco.

Em entrevista para o UOL vê TV, o novelista meio que deu a deixa do motivo dele ter se especializado em único tema: pouca liberdade de ir além no horário das sete que o consagrou, mas que também o deixou marcado como um autor de comédia, descamisados e boazudas. “É uma oportunidade de recomeçar em outro horário. (...) Me sinto virgem de novo”, revelou o roteirista ao jornalista Mauricio Stycer.

Pelas chamadas, Pecado Mortal possui um bom acabamento e, aparentemente, uma história cativante. Agora, é assistir para ver se realmente a Record e Lombardi estão preparados para recomeçar. A sorte está lançada. Assista abaixo a entrevista completa do novelista ao UOL vê TV. Tem revelações surpreendentes. Confira:





Foto: Munir Chatack/ Rede Record.





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Jornalista

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2 comentários

  1. Tenho uma expectativa positiva em relação a essa novela. Pena que vai passar tão tarde. É uma chance de ouro para o Lombardi se reinventar.

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  2. Sabe que estou curioso? Até tentei ver Dona Xepa mas esse horário é muito ruim :/ as concorrentes da Globo deveriam fixar as novelas na hora do Jornal Nacional seria tão mais prático rsrsrsrs

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