Obituário – Morre o escritor e cartunista Millôr Fernandes

março 28, 2012


"Reparem, se ainda não repararam. Toda vez que a tecnologia avança, o espírito regride. É irresistível não aproveitar o meio novo pra repetir ideias velhas". (Millôr Fernandes)



Jornalista, cartunista, dramaturgo, roteirista, escritor e um dos maiores tradutores de Shakespeare do Brasil. Na noite dessa terça-feira (27/03), morreu aos 88 anos Milton Viola Fernandes, mais conhecido como Millôr Fernandes. A notícia da morte dele só veio à tona na manhã dessa quarta-feira (28/03). Vários internautas nas redes sociais prestaram homenagem e lamentaram a morte do artista.

Millôr sofreu falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca. No ano passado, ela já havia passado por um AVC (acidente vascular cerebral) isquêmico. O velório será aberto ao público a partir das 10h desta quinta-feira (29/03), no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju, na zona portuária do Rio de Janeiro. Depois, o corpo será cremado em cerimônia restrita à familiares e amigos. Veja na reportagem, abaixo:

Millôr era um gênio! Uma referência importante para todo mundo que quer se aventurar no mundo da escrita. O que mais achava um barato em Millôr foi a sacada de criar um site, no início dos anos 2000, hospedado no UOL, onde o internauta/leitor podia acompanhar todo o trabalho dele. Além disso, Millôr – por intermédio da sua equipe, era ativo no Twitter e tinha uma regulagem de postagens bem interessante. Achava isso um barato!

Mesmo sendo um artista múltiplo, é inegável a contribuição de Millôr Fernandes, principalmente, para o Jornalismo. Claro, o autor possui textos excelentes que fazem parte do mundo da poesia, crônicas, contos e peças de teatro. Millôr fazia de tudo um pouco... e muito bem, diga-se de passagem. Com mais de 50 livros publicados, ele também foi tradutor de obras de Molière, Sófocles e Bernard Shaw no Brasil.

Ler os textos de Millôr é sempre um alívio cômico de inteligência e reflexão. Como a sabedoria popular, “vai-se o artista, mas fica a eternidade de sua obra”. Millôr deixa um legado fantástico. Como não se lembrar das contribuições dele na revista O Cruzeiro, no tabloide O Pasquim e idealizador do jornal independente Pif-Paf. Vai fazer falta, muita falta. O mestre com carinho. Que descanse em paz!




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1 comentários

  1. Francisco Bertoletta30 de mar. de 2012, 18:32:00

    Venho com certa regularidade ao Café com Notícias e não tinha me dado conta desse obituário ao Millôr. Bela homenagem, Wander. Tomara que os mais jovens tenham interesse na obra dele, que será imortal e atemporal.

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