Dia Mundial de Luta Contra a Aids

dezembro 01, 2010


No dia 1º de dezembro é comemorado Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A data tem como objetivo alertar a sociedade para o enfrentamento da doença e do preconceito. Conhecida também como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, a Aids é uma doença crônica infecciosa causada pelo vírus HIV, que leva a perda progressiva da imunidade biológica. De acordo com a médica infectologista Dra. Tania Marcial, quando o paciente não realiza o tratamento, ele abre caminha para infecções oportunistas, podendo comprometer qualquer parte do organismo.

“Os principais sintomas apresentados na forma aguda da doença são semelhantes a um quadro gripal e, na maioria das vezes, passa despercebido pela pessoa e pelo médico. Este quadro dura poucos dias e algumas pessoas não têm nenhum tipo de manifestação. Depois desta fase aguda ocorre a fase do "portador" do vírus sem nenhum sintoma. Esta fase dura em média dez anos. Após este período ocorre queda importante da imunidade e pessoa irá apresentar a doença Aids”, explica Dra. Tânia que afirma que o paciente consegue fazer o tratamento de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, o Brasil possui 630 mil pessoas com o vírus HIV. De 1980 até junho de 2009, foram notificados 544.846 casos de Aids. De acordo com o Boletim Epidemiológico do Sistema Único de Saúde (SUS), em Minas Gerais, 84,6% das pessoas que contraíram Aids/HIV se concentram na faixa dos 20 a 29 anos de idade. Também há registro de um aumento significativo de soros-positivos acima dos 50 anos, por volta de 7,6%. No ano de 2007, houve uma maior incidência de casos na população adulta: cerca de 65%, em relação ao ano de 1996. Já o número de mortes em decorrência da Aids, entre 1996 e 2008, totaliza 10.921 casos – coeficiente que vem diminuído no decorrer dos anos devido a política nacional de distribuição de medicamentos antirretrovirais pelo SUS, instituída desde 1996.

Apesar dos avanços no tratamento da Aids, o preconceito ainda é o principal problema a ser enfrentado em relação à doença. Para ajudar a reverter esse quadro, recentemente, o Grupo Vhiver, lançou a campanha #1milhaosempreconceito, com o objetivo de reunir um milhão de seguidores para o estudante de publicidade Thiago Victor Barbosa, 23 anos, natural de Belo Horizonte, que é soro-positivo. Ele conta que ainda na adolescência, por volta dos 15 anos, descobriu que contraiu a doença, devido ao uso de drogas injetáveis.

Garoto propaganda da campanha, ele está bastante esperançoso com o projeto. “A campanha surgiu através da demanda dos nossos atendidos no Grupo Vhiver. A partir disto, em parceria com uma agência de comunicação parceira da instituição, bolamos esta campanha com o mote central de ao menos minimizar o preconceito velado que sofremos hoje. A conscientização pode sim, salvar vidas. Para mim, o dia primeiro é um dia de homenagem àqueles que perdemos por conta da AIDS e um dia de ação política, não meramente solene. Este dia representa todos aqueles que foram talvez por não conseguirmos alcançá-los, por ineficiência de alguma parte, mas também porque desistiram”, diz Thiago Victor Barbosa. Abaixo, confira o vídeo da campanha:




Observação: Apesar deste texto ser de minha autoria, ele foi publicado originalmente no Portal Minas Saúde e no Blog do Portal Minas Saúde. Para esta postagem, houve algumas adaptações.





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Wander Veroni
Jornalista

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2 comentários

  1. Acho que as pessoas precisam entender que sim, a camisinha realmente incomoda... mas acho que incomoda muito, muito mais o fato de contrair essa doença tão terrível e que já tirou tantas vidas.

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  2. Muito legal a ideia do Grupo Vhiver com a campanha usando Twitter e YouTube. Essa é uma das melhores formas de se fazer uma campanha viralizar entre os jovens.

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