Cine Café – Avatar discute a ganância da humanidade e a preservação ambiental
março 28, 2010Se pararmos para pensar, durante toda a história da humanidade, vemos o que o homem foi (ou é) capaz de fazer em nome da intolerância e da ganância. A filosofia cristã foi transformada em negócio por algumas crenças e verdadeiros genocídios aconteceram em nome do dinheiro e do poder. Há um pouco mais de 500 anos, o continente americano foi colonizada pelos europeus que tinham como missão principal explorar toda riqueza mineral e exterminar o povo nativo que se opusesse a essa prática. Apesar das várias lutas a favor dos direitos humanos, ainda há na nossa sociedade resquícios dessa hipocrisia e preconceito.
Claro, como toda história sempre é reescrita e contada apenas por um lado, até hoje, pouco sabemos da cultura dos povos que habitam as Américas ou das mais variadas tribos africanas que foram escravizadas e dispersas pelo mundo. Diante desse passado tenebroso, fica a pergunta: o que a história ensinou para a humanidade? Será que o homem aprendeu com erros cometidos? Quando será que vamos respeitar a natureza e ser mais tolerantes com as nossas diferenças?
A partir destes questionamentos, o cineasta James Cameron escreveu e dirigiu o filme de ficção científica Avatar, que estreou nos cinemas mundias em dezembro de 2009. Estrelado por Sam Worthington, Zoë Saldaña, Michelle Rodriguez, Sigourney Weaver e Stephen Lang, o filme foi produzido por Lightstorm Entertainment e distribuído pela 20th Century Fox.
Avatar conta a história de Pandora, uma das luas de Polifemo, que faz parte de um dos três gigantes gasosos fictícios, da órbita de Alpha Centauri. Lá, os colonizadores humanos e os nativos humanoides chamados de Na'vi, entram em guerra pelos recursos naturais do planeta e a continuação da existência da espécie. O título do filme refere-se aos corpos humano-Na'vo geneticamente modificados e remotamente controlados usados pelos personagens humanos do filme para interagir com os Na'vis.Claro, como toda história sempre é reescrita e contada apenas por um lado, até hoje, pouco sabemos da cultura dos povos que habitam as Américas ou das mais variadas tribos africanas que foram escravizadas e dispersas pelo mundo. Diante desse passado tenebroso, fica a pergunta: o que a história ensinou para a humanidade? Será que o homem aprendeu com erros cometidos? Quando será que vamos respeitar a natureza e ser mais tolerantes com as nossas diferenças?
A partir destes questionamentos, o cineasta James Cameron escreveu e dirigiu o filme de ficção científica Avatar, que estreou nos cinemas mundias em dezembro de 2009. Estrelado por Sam Worthington, Zoë Saldaña, Michelle Rodriguez, Sigourney Weaver e Stephen Lang, o filme foi produzido por Lightstorm Entertainment e distribuído pela 20th Century Fox.
O filme ganhou o Globo de Ouro 2010 na categoria Melhor Filme (drama) e Melhor Realizador (James Cameron). Também faturou o Oscar 2010 na categoria Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia e Melhores Efeitos Visuais. Veja abaixo o trailer de Avatar:
Curiosidades
O termo Avatar, em hindu, é uma manifestação corporal de um ser imortal segundo a religião da Índia. Derivado sânscrito de Avatāra, que significa "descida", provém dos textos hinduístas que citam Krishna como o oitavo avatar (encarnação) de Vishnu, a quem muitos Hindus adoram como Deus.
Entre os internautas, a palavra "avatar" se tornou popular por caracterizar as figuras criadas a partir da imagem e semelhança do usuário, o que permite uma espécie de "personalização" no interior das máquinas ou de uma conta em um determinado site, por exemplo.
Entre os internautas, a palavra "avatar" se tornou popular por caracterizar as figuras criadas a partir da imagem e semelhança do usuário, o que permite uma espécie de "personalização" no interior das máquinas ou de uma conta em um determinado site, por exemplo.
Veja também:
• Site oficial de Avatar
• Veja fotos do filme Avatar
• A tecnologia por trás de Avatar
• Site oficial de Avatar
• Veja fotos do filme Avatar
• A tecnologia por trás de Avatar
Voltando para o filme, Avatar entra para a história do cinema por fazer uma verdadeira revolução tecnológica no mundo da sétima arte. Filmado em 3D, com os atores sendo transformados em versões digitais por captura de movimento, a película é a produção mais cara da história do cinema, com orçamento de cerca de US$ 500 milhões. Já os efeitos visuais, criaturas digitais e ambientes virtuais foram produzidos pelas empresas de Peter Jackson e George Lucas, WETA Digital e Industrial Light & Magic, simultaneamente.
Avatar, de James Cameron, arrecadou US$ 232,2 milhões em todo mundo em seu final de semana de estréia. Com isso, o longa se tornou o recordista em bilheteria global de estréia entre os filmes que não pertencem a uma franquia, como é o caso de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”, “Homem-Aranha 3”, “Piratas do Caribe: No Fim do Mundo”, entre outros. Ainda, Avatar é a maior bilheteria de estréia dentre os filmes de Cameron, ultrapassando o fenômeno “Titanic”, que faturou somente US$ 28,6 milhões em seu lançamento.
Pragas
Avatar, de James Cameron, arrecadou US$ 232,2 milhões em todo mundo em seu final de semana de estréia. Com isso, o longa se tornou o recordista em bilheteria global de estréia entre os filmes que não pertencem a uma franquia, como é o caso de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”, “Homem-Aranha 3”, “Piratas do Caribe: No Fim do Mundo”, entre outros. Ainda, Avatar é a maior bilheteria de estréia dentre os filmes de Cameron, ultrapassando o fenômeno “Titanic”, que faturou somente US$ 28,6 milhões em seu lançamento.
Pragas
Em Avatar há uma crítica direta a humanidade que, a grosso modo, pode ser vista como uma praga para o meio ambiente. Por ganância e arrogância, os seres humanos são capazes de destruir uma outra civilização, com a desculpa de explorar um mineral raro e muito caro, de forma descontrolada.
Somos os vilões da nossa própria existência por destruirmos tudo que está na nossa volta sem a menor preocupação em respeitar a natureza. A grande diferença entre os Na'vis e os povos indígenas americanos, por exemplo, é que eles conseguiram expulsar os supostos "colonizadores", que em nenhum momento pediram permissão para explorar as riquezas naturais de Pandora.
Nesse sábado (27/03), o cineasta James Cameron, autor e diretor de Avatar, e que ficou mundialmente conhecido por dirigir o sucesso Titanic, participou do Fórum Internacional sobre Sustentabilidade da Amazônia, em Manaus (AM), no Brasil. Durante o evento, Cameron comparou os humanos as bactérias que crescem, se multiplicam, invadem um organismo vivo até matá-lo.
"Não pretendo ser um cientista nem um especialista, mas talvez seja preciso um artista para falar sobre a mudança climática. Em Avatar quis retratar a forma como a sociedade tecnológica trata a natureza, pois essa é a magia dos filmes: eles podem mudar a percepção da realidade. Nós estamos nos estendendo por todas as partes: o que vai acontecer quando a Terra não puder mais?", questionou Cameron que teme pelo nosso atual modelo econômico que incentiva o consumo desordenado até que os recursos se esgotam.
Somos os vilões da nossa própria existência por destruirmos tudo que está na nossa volta sem a menor preocupação em respeitar a natureza. A grande diferença entre os Na'vis e os povos indígenas americanos, por exemplo, é que eles conseguiram expulsar os supostos "colonizadores", que em nenhum momento pediram permissão para explorar as riquezas naturais de Pandora.
Nesse sábado (27/03), o cineasta James Cameron, autor e diretor de Avatar, e que ficou mundialmente conhecido por dirigir o sucesso Titanic, participou do Fórum Internacional sobre Sustentabilidade da Amazônia, em Manaus (AM), no Brasil. Durante o evento, Cameron comparou os humanos as bactérias que crescem, se multiplicam, invadem um organismo vivo até matá-lo.
"Não pretendo ser um cientista nem um especialista, mas talvez seja preciso um artista para falar sobre a mudança climática. Em Avatar quis retratar a forma como a sociedade tecnológica trata a natureza, pois essa é a magia dos filmes: eles podem mudar a percepção da realidade. Nós estamos nos estendendo por todas as partes: o que vai acontecer quando a Terra não puder mais?", questionou Cameron que teme pelo nosso atual modelo econômico que incentiva o consumo desordenado até que os recursos se esgotam.
Crítica pessoal
Avatar lembra muito o estilo dos filmes produzidos pela Disney, com lição de moral e a pregação de bons valores sociais, mas sem canções. Em algumas situações, o espectador fica na expectativa de uma trilha sonora ou de uma canção, aos moldes dos musicais produzidos pelos estúdios de Walt Disney. Mas, ainda bem que isso não acontece...rs.A trilha sonora instrumental nos faz entrar no clima de uma floresta tropical, onde há perfeita sintonia entre os habitantes de Pandora e a natureza. Outra coisa que me marcou no filme é o fato do herói da história ser um cadeirante, vítima de todo o tipo de preconceito, que foi capaz de ter humildade suficiente para reconhecer o erro que os humanos estavam prestes a cometer com os Na’vis.
Por se tratar de um filme de ficção científica, como espectador, senti falta de um roteiro mais denso e psicológico – que, provavelmente, poderá ser usado em Avatar 2. Entretanto, por ter uma grande carga de explicações sobre Pandora - e a história em si, acredito que James Cameron preferiu seguir essa linha meio "Disney" para humanizar a trama e criar identificação com o público. Além disso, o filme traz um interessante debate sobre o uso consciente dos recursos naturais e do respeito que devemos ter diante a uma outra cultura/civilização. Quem não viu ainda, recomendo.
Fotos: Divulgação.
Por se tratar de um filme de ficção científica, como espectador, senti falta de um roteiro mais denso e psicológico – que, provavelmente, poderá ser usado em Avatar 2. Entretanto, por ter uma grande carga de explicações sobre Pandora - e a história em si, acredito que James Cameron preferiu seguir essa linha meio "Disney" para humanizar a trama e criar identificação com o público. Além disso, o filme traz um interessante debate sobre o uso consciente dos recursos naturais e do respeito que devemos ter diante a uma outra cultura/civilização. Quem não viu ainda, recomendo.
Fotos: Divulgação.
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Jornalista
7 comentários
Eu adorei o filme e forma como a critica foi feita.
ResponderExcluirMas como um viciado em tecnologia meu maior foco é a inovação que o filme trouxe.
Tive a oportunidade de assistir o filme logo quando lançou e fiquei surpreendida, porque não havia lido sobre o conteúdo, sem dúvidas um dos melhores filmes deste status quo, a mensagem que ali retrata, é a perfeita ideologia que pelo eu enquanto um protótipo de educadora tenho como ideal.
ResponderExcluirhttp://memoriaspsicodelicas.blogspot.com
Adorei a forma de abordagem de um assunto já tão savado.
ResponderExcluirO filme mostra ao ser humano o que ele está fazendo consigo próprio.
Adorei seu blog.
Ola Wander, como vai?
ResponderExcluirTb pensei que Avatar fosse mais uma produção estilo Disney, e no começo do filme, ao ver aquele exercito, imaginei que seriam mais um daqueles filmes americanos onde o exercito do bem quer "conhecer" um lugar exotico e tem que enfrentar nativos sanguinários e malvados.
Me surpreendi. O mundo (especialmente os EUA) precisam ouvir essa mensagem e refletir sobre o que a humanidade fez até agora com seu desejo de ganancia e acumulo de riquezas. Fora os execelentes efeitos (as plantas da floresta acendendo de noite pra mim foi o melhor!). Fico feliz que um filme hollywoodiano tenha mostrado essa consciencia ao mundo do respeito à cultura, à natureza e às diferenças dos povos.
Parabéns pela análise!!
Abçs!!!
http://blogpontotres.blogspot.com/
Esse filme entrou pra minha lista de filmes a ter em casa. Gostei muito da sensibilidade do James Cameron ao retratar uma crise que de certo modo é o futuro de algo que enfrentaremos aqui.
ResponderExcluirsegundo informações o segundo filme vai ser sobre um outro planeta,um daqueles que ficam ao lado de pandora.
ResponderExcluirNossa, que trailer bacana. Fiquei até sem fôlego!
ResponderExcluirConfesso que não assisti o filme, mas novamente você está me obrigando a isso, Wander!
Será que ainda dá tempo???
Adorei a super dica e mais uma vez vc arrasou...
Bjos, meu amigo!