#CaféLiterário: Novo livro de Leandro Karnal aborda os diferentes aspectos da solidão

novembro 26, 2018

Crédito: Divulgação. 

Para Arthur Schopenhauer somos uma espécie de porco espinho, animal que, isolado, passa frio, mas quando busca o calor na companhia de um semelhante, seus espinhos os perfuram e causam dor.  

Eis o dilema do ser humano: solitários, somos livres, mas passamos frio. Juntos, as diferenças nos incomodam e acabam por nos afastar. “Teríamos de achar uma distância segura, que trouxesse o calor necessário e evitasse o ataque”, explica @leandro_karnal no prefácio de seu livro "O dilema do porco espinho" (Editora Planeta, pag.192, R$ 36). Para comprar o livro, clique aqui

O novo livro de Karnal será lançado em Belo Horizonte (MG), na próxima sexta-feira (30/11), às 19h, na livraria Leitura, do Shopping Pátio Savassi. Na obra, um dos intelectuais mais influentes do país investiga a solidão em diferentes âmbitos, inclusive sob os aspectos positivos, e oferece ao leitor uma saborosa reflexão sobre esse sentimento amplo, poderoso e fundamental.

O isolamento social sempre foi encarado como punição: o pior castigo da penitenciária é a solitária; crianças birrentas em escola devem ficar isoladas em um canto por um tempo; uma praga comum em momento de ódio é profetizar: “Você vai morrer sozinho!”. 

O combate à solidão se tornou tão urgente que virou política de estado no Reino Unido quando a primeira-ministra britânica Theresa May decidiu criar o “Ministério da Solidão”. Nas artes, a solidão é tema recorrente. No filme "O Iluminado", de Stanley Kubrick, o personagem interpretado por Jack Nicholson atinge a insanidade por conta do isolamento. 

Na obra "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector, a personagem faz uso da solidão para atingir seu nível máximo de reflexão. A partir de referências filosóficas ou religiosas, relacionadas a fatos históricos ou a produções de arte, o autor oferece ao leitor um mergulho sobre a natureza da solidão, mostrando que o sentimento nem sempre é encarado como algo negativo e muito menos está diretamente ligado ao fato de ter alguém por perto.

Nas grandes cidades, o mal do isolamento é ainda mais devastador. Ao mesmo tempo em que existe a concentração demográfica, há o esvaziamento de laços pessoais e significativos. “Grandes condomínios que acumulam histórias paralelas que nunca se encontram. Vizinhos que trocam cumprimentos formais nas áreas comuns, mas sabem que não podem contar com ninguém”, exemplifica Karnal no livro. 

O autor discorre também sobre a solidão no mundo virtual e contempla temas como os amigos imaginários das crianças, desenvolvendo um ensaio pessoal. “Busquei filósofos, historiadores, a Bíblia, romances, obras de arte e outras fontes. Porém, grande parte é um ensaio pessoal e uma reflexão sobre um tema que sempre me acompanhou e que tem crescido na maturidade: a solidão.”

Sobre o autor

Leandro Karnal é doutor em História Cultural pela Universidade de São Paulo (USP) e professor na Unicamp. Alguns de seus livros estão entre os mais vendidos como: "Crer ou não crer"; "O inferno somos nós"; "Todos contra todos"; "Diálogo de culturas" e "O mundo como eu vejo". 



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Na mídia televisiva, participa frequentemente de programas como o Jornal da Cultura, Saia justa, Café filosófico CPFL, entre outros. É colunista semanal no jornal O Estado de S. Paulo e Zero Hora (RS). Tornou-se um grande influenciador digital: sua página do Facebook possui mais de 1,4 milhão de seguidores e cresce muito o seu novo canal no YouTube (Prazer, Karnal). É um dos mais requisitados palestrantes do país.





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Jornalista

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