No Brasil, cerca de 40 mil pessoas morrem por ano em acidentes de trânsito. Desses, 40% são provocados por motoristas alcoolizados. Os dados foram divulgados pelo Movimento Não Foi Acidente, criado por Rafael Baltresca que teve a mãe e a irmã mortas em setembro do ano passado. Na época, o atropelador se recusou a fazer o exame do bafômetro, mas fez exame de sangue. No Boletim de Ocorrência, testemunhas afirmam que ele estava completamente embriagado.
A ideia do @NFA_Oficial é alcançar, no mínimo, 1,3 milhão de assinaturas em todo o país e propor um projeto de lei de iniciativa popular para mudar a lei nº 9.503, de 1997, criminalizando de uma forma mais severa motoristas que dirigem alcoolizados e provocam acidentes. Para assinar, clique aqui. Mesmo com toda movimentação nas redes sociais, me revolta ver que nenhum deputado federal ou senador – membros eleitos pelas suas respectivas casas legislativas, se interessaram em apoiar a causa. Algo a se pensar...
Até o fechamento deste post, foram conseguidas mais de 328 mil assinaturas, mas ainda é preciso mais, muito mais. Para ajudar nesta empreitada, esta semana o Grupo Bandeirantes abraçou a causa e está usando todos os seus veículos para promover uma campanha para mudar a penalidade de motoristas que praticam acidentes no trânsito alcoolizados. Mesmo sendo um blog jornalístico independente, o @cafecnoticias também se une ao Não Foi Acidente e pede para os seus leitores, amigos e parceiros para ajudar a divulgar a iniciativa na sua rede. Participe!
Durante toda a semana, o Jornal da Band levou ao ar uma série de reportagens mostrando histórias de pessoas que perderam entes queridos no trânsito, além de denunciar a sensação de impunidade que atual legislação brasileira oferece. Abaixo, assista a primeira matéria da série:
Estatísticas
Segundo balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), no ranking mundial o Brasil ocupa o 5º lugar em número de acidentes e só perde para a Índia, China, Estados Unidos e Rússia. Minas Gerais ocupa a segunda posição em mortes por acidentes no trânsito, com 3.674, perdendo apenas para São Paulo, que contabiliza 7.160.
Somente de janeiro a novembro de 2011, 4.729 pessoas ficaram internadas em unidades de saúde de Belo Horizonte para se recuperar de traumas provocados por acidentes, de acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o Ministério da Saúde, 145,9 mil pessoas vítimas de acidentes de trânsito tiveram tratamento coberto pelo SUS, o que representa um custo de cerca de R$ 187 milhões aos cofres públicos.
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Jornalista